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"Resistir de Novo" pode "ajudar a despertar consciências"

O músico Carlos Alberto Moniz afirmou que "é preciso que aconteça algo, pois as condições de vida estão cada vez pior", e o seu novo CD, "Resistir de Novo", pode "ajudar a despertar consciências".

"Resistir de Novo" pode "ajudar a despertar consciências"
Notícias ao Minuto

15:56 - 17/04/14 por Lusa

Cultura Carlos Alberto Moniz

O álbum, editado pela Ovação, nos 40 anos do 25 de Abril, é constituído por 14 temas, que têm "um caráter interventivo, mesmo sabendo que 'a cantiga não é uma arma', mas o 25 de Abril não foi feito para isto", disse o músico, referindo-se à atualidade.

"É preciso que qualquer coisa seja feita, pois as condições de vida estão cada vez pior para as classes desfavorecidas,", disse o músico que considerou um sinal o facto de "a classe média reclamar, porque ainda pode levantar a voz, manifestar-se e fazer cartazes".

"Resistir de novo", canção de José Jorge Letria e Carlos Alberto Moniz, abre o CD que inclui, entre outras, "É preciso acreditar" (Leonel Neves/Luiz Goes), "Os vampiros" (José Afonso), "Canta, canta amigo canta" (António Macedo) e "Livre" (Carlos Oliveira/Manuel Freire).

O músico, de 65 anos, afirmou que este CD "não é uma antologia".

"Este CD foi feito ao longo deste 40 anos, mas não é uma antologia, nem tenho estatuto para isso, mas é uma escolha de canções que me foram marcando ao longo dos anos e que têm em comum [o facto de ter] atuado ao vivo com, pelo menos, um dos seus autores, inclusive 'Jornada (Não fiques p'ra trás companheiro)', de Manuel Alegre e Fernando Lopes-Graça".

Carlos Alberto Moniz recordou que "várias vezes" se cruzou em palco com o compositor das "Canções Heroicas" e do "Requiem pelas Vítimas do Fascismo".

"Uma vez quando fui para a Angola levei o 'Tratado de Harmonia', do Lopes-Graça, pois sabia que ela também ia, e quando nos encontrámos, para ele me autografar o livro, ele dirigou-se a mim julgando que eu era [o músico] Rui Mingas", contou.

Carlos Alberto Moniz gravou também "Cantata da paz (Vemos, ouvimos e lemos)" (Sophia de Melo Breyner Andresen/Rui Paz), "Trova do vento que passa" (M. Alegre/António Portugal) e a versão instrumental de "Canto Moço" (José Afonso).

O músico afirmou que "nunca abandonou" a canção de intervenção, mesmo "fazendo outros géneros de música, nomeadamente para crianças, sobre o folclore açoriano, cantatas e sobre ritmos da lusofonia".

"Nunca deixei de cantar estas canções que estão no CD, e nunca me demitirei de estar presente com a minha viola, ao serviço da causa da liberdade", rematou.

O disco é acompanhado de um mini álbum com 32 fotografias a preto e branco do dia da Revolução dos Cravos.

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