China acusa departamento oficial taiwanês de ciberataques

Pequim acusou hoje um departamento governamental taiwanês de ciberataques contra a China, com o objetivo de infiltrar-se em sistemas do país, incluindo de Hong Kong e Macau, para obter informação sensível, informou hoje a televisão estatal CCTV.

Hacker - Cibercrime

© Reuters

Lusa
22/08/2025 07:30 ‧ há 2 horas por Lusa

Tech

Ciberataque

A Força de Informação, Comunicações e Eletrónica do Ministério da Defesa Nacional de Taiwan, noticiou a CCTV, tem operado nos últimos anos fazendo-se passar por grupos de 'hackers' e empregando técnicas como a análise de vulnerabilidades, descodificação de senhas e envio de correio eletrónico de 'phishing' - através de métodos tecnológicos que levam o utilizador a revelar dados pessoais ou confidenciais.

 

Estas ações, de acordo com a emissora, tinham como objetivo a infiltração em sistemas na China, Hong Kong e Macau para extrair informações consideradas importantes.

A CCTV citou Du Zhenhua, engenheiro do Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus Informáticos, que descreveu o grupo como um "quarto ramo das Forças Armadas" na ilha.

Du indicou que as atividades atribuídas a esta estrutura incluem tentativas de obter dados e informações sensíveis e afirmou que, em certos casos, o grupo terá atuado em coordenação com "forças anti-chinesas nos Estados Unidos" para promover campanhas destinadas a influenciar a opinião pública chinesa.

A reportagem da CCTV não detalhou casos específicos nem enumerou os sistemas afetados, mas insistiu que a operação se baseava em métodos comuns do cibercrime, como a exploração de falhas de segurança e campanhas de 'phishing'.

Em junho último, o gabinete de Segurança Pública da cidade chinesa de Guangzhou, no sudeste do país, ofereceu recompensas a quem ajudasse a capturar mais de 20 pessoas alegadamente ligadas à entidade taiwanesa, acusada de ser responsável pelos ataques cibernéticos contra uma empresa tecnológica chinesa.

A Força de Informação taiwanesa afirmou na altura que as acusações chinesas eram infundadas, uma vez que a função do organismo consistia em "salvaguardar a informação de defesa e garantir a segurança da rede" na ilha.

As autoridades de Pequim consideram Taiwan "parte inalienável" do território chinês e não descartam o uso da força para "a reunificação" da ilha e do continente chinês, um dos objetivos a longo prazo estabelecidos pelo Presidente Xi Jinping, após a chegada ao poder, em 2012.

Leia Também: Ciberataque rouba dados de milhares de clientes de operador australiano

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