IA pode substituir humanos em tarefas perigosas, diz a OIT

A gestora de segurança da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ana Paula Rosa, disse hoje que a inteligência artificial (IA) levará a uma mudança disruptiva na segurança e saúde no trabalho, nomeadamente em tarefas físicas e cognitivas perigosas.

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Lusa
20/05/2025 12:37 ‧ há 4 horas por Lusa

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Inteligência Artificial

No 'webinar' "Do Humano ao Digital: O impacto da inteligência artificial na segurança e saúde no trabalho (SST)", a representante da OIT afirmou que "as inovações tecnológicas estão a reconfigurar o trabalho, os locais de trabalho e a forma como se trabalha", estando em cima da mesa uma transformação dos empregos e não a sua substituição. 

 

Ana Paula Rosa explicou que as ferramentas inteligentes, em matéria de saúde e segurança no trabalho, podem ajudar na "deteção de perigos em tempo real, numa análise preditiva para gestão proativa de SST e ativação de alertas imediatos para prevenir lesões".

A responsável explicou que as ferramentas robóticas podem executar com segurança tarefas consideradas perigosas para os humanos, como trabalhos em ambientes contaminados, recolha e embalagem de materiais perigosos ou o manuseamento e elevação de objetos pesados.

Ao mesmo tempo a Ana Paula Rosa identifica os principais riscos associados à utilização destas ferramentas para a saúde e segurança laboral, nomeadamente "falhas de operação ou dependência excessiva, desconforto, fadiga", podendo o inadequado 'design' das ferramentas resultar em stress ou distração para alertas e monitorização. 

Em relação à utilização de algoritmos para a gestão do trabalho, Ana Paula Rosa salienta uma otimização da programação, atribuição de tarefas e distribuição de carga de trabalho, bem como a melhoria da eficiência, através da identificação e abordagem de défices de competências. 

No que diz respeito aos possíveis riscos, a utilização de algoritmos podem resultar numa maior pressão por monitorização constante, desigualdade de atribuição de tarefas, redução da autonomia, bem como o isolamento social e stress. 

Neste sentido, para a responsável é necessário mais investigação para compreender os impactos a longo prazo das tecnologias digitais em matéria de SST e assegurar a sua aplicação informada, apelando a uma colaboração entre os governos, o meio académico e os parceiros sociais para resolver problemas e implementar as estratégias adequadas nesta matéria.

O 'webinar' foi uma iniciativa do Instituto Politécnico de Coimbra, no âmbito do Regulamento Geral de Proteção de Dados. 

Leia Também: Europa é região mais exposta à IA. Pode afetar um terço dos empregos

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