Rede social Weibo censura referências ao novo líder de Taiwan

A rede social chinesa Weibo bloqueou hoje qualquer referência à tomada de posse do novo líder de Taiwan, William Lai, considerado por Pequim um "perigoso separatista", impedindo que se torne viral no continente chinês.

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© Youtube/Mask Agent

Lusa
20/05/2024 10:17 ‧ 20/05/2024 por Lusa

Tech

Weibo

Uma das referências, que lembrava aos utilizadores que "em Taiwan, a 20 de maio, um novo governo toma posse", foi apagada e substituída pela mensagem: "de acordo com as leis, regulamentos e políticas em vigor, o conteúdo deste tópico não pode ser publicado", indica a agência France Presse.

Outra publicação que afirmava simplesmente que "Lai toma hoje posse" foi também eliminada.

As referências ao seu nome e à antecessora, Tsai Ing-wen, no contexto da tomada de posse, também foram bloqueadas.

No entanto, pesquisas do nome de Lai no contexto de outros temas continuam a produzir resultados.

A China exerce controlo apertado sobre os órgãos de comunicação social. A Internet está sujeita também à censura de conteúdos considerados sensíveis pelo governo ou suscetíveis, na sua opinião, de causar agitação popular.

O Weibo bloqueia regularmente 'hashtags' consideradas politicamente sensíveis para evitar que se tornem virais nesta plataforma utilizada por centenas de milhões de pessoas na China.

A questão de Taiwan é altamente sensível na China.

O Partido Comunista Chinês reivindica a ilha de 23 milhões de habitantes, governada desde 1949 por um regime rival, como uma das suas províncias.

O novo líder de Taiwan foi empossado hoje, sucedendo a Tsai Ing-wen, cujos oito anos no poder foram marcados por uma deterioração das relações com Pequim.

Durante as eleições presidenciais de Taiwan, em janeiro, a rede bloqueou referências à votação.

Lai apelou à China para que "acabe com a sua intimidação política e militar" no seu discurso de tomada de posse, que foi largamente ignorado pelos órgãos de comunicação chineses.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.

Leia Também: Taiwan? Pequim adverte que busca pela independência é um "beco sem saída"

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