Uma das referências, que lembrava aos utilizadores que "em Taiwan, a 20 de maio, um novo governo toma posse", foi apagada e substituída pela mensagem: "de acordo com as leis, regulamentos e políticas em vigor, o conteúdo deste tópico não pode ser publicado", indica a agência France Presse.
Outra publicação que afirmava simplesmente que "Lai toma hoje posse" foi também eliminada.
As referências ao seu nome e à antecessora, Tsai Ing-wen, no contexto da tomada de posse, também foram bloqueadas.
No entanto, pesquisas do nome de Lai no contexto de outros temas continuam a produzir resultados.
A China exerce controlo apertado sobre os órgãos de comunicação social. A Internet está sujeita também à censura de conteúdos considerados sensíveis pelo governo ou suscetíveis, na sua opinião, de causar agitação popular.
O Weibo bloqueia regularmente 'hashtags' consideradas politicamente sensíveis para evitar que se tornem virais nesta plataforma utilizada por centenas de milhões de pessoas na China.
A questão de Taiwan é altamente sensível na China.
O Partido Comunista Chinês reivindica a ilha de 23 milhões de habitantes, governada desde 1949 por um regime rival, como uma das suas províncias.
O novo líder de Taiwan foi empossado hoje, sucedendo a Tsai Ing-wen, cujos oito anos no poder foram marcados por uma deterioração das relações com Pequim.
Durante as eleições presidenciais de Taiwan, em janeiro, a rede bloqueou referências à votação.
Lai apelou à China para que "acabe com a sua intimidação política e militar" no seu discurso de tomada de posse, que foi largamente ignorado pelos órgãos de comunicação chineses.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.
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