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Organismo dá 7 dias ao Facebook para tirar discurso de ódio sobre Quénia

A Comissão Nacional de Coesão e Integração do Quénia (NCIC) deu hoje ao Facebook sete dias para retirar publicações que incitam ao ódio ou poderá pedir a suspensão da rede social, em plena campanha eleitoral para as presidenciais de agosto.

Organismo dá 7 dias ao Facebook para tirar discurso de ódio sobre Quénia
Notícias ao Minuto

17:35 - 29/07/22 por Lusa

Tech Facebook

A NCIC, que está encarregada de localizar qualquer discurso ou escrito que possa incitar ao ódio e à violência, disse ter enviado recomendações à empresa-mãe do Facebook, Meta, na sequência de um relatório de que tinha permitido mais de uma dúzia de publicações políticas odiosas.

"Se o Facebook não cumprir... recomendaremos que seja totalmente suspenso deste país", disse o comissário da NCIC, Danvas Makori aos jornalistas.

A NCIC é um organismo independente da coesão étnica, criado após a violência pós-eleitoral de 2007-2008, que causou mais de mil mortos.

As suas recomendações seguiram-se a um relatório do grupo de advocacia Global Witness e da empresa britânica Foxglove, ativista legal com sede no Reino Unido, alegando que o Facebook tinha aceitado e divulgado pelo menos 19 anúncios apelando à violação, matança e decapitação, escritos em inglês e suaíli.

"A nossa posição é muito clara, este país é maior do que uma empresa de comunicação social ou uma entidade", disse Makori.

"Não permitiremos que o Facebook ou qualquer outra empresa de comunicação social ponha em risco a segurança nacional", sublinhou.

Quando contactado pela AFP, o Facebook não teve qualquer reação imediata.

A NCIC não tem o poder de suspender o Facebook, mas pode fazer recomendações à autoridade de comunicações do Governo.

Os quenianos deverão eleger um novo presidente a 09 de agosto, bem como várias centenas de deputados e cerca de 1.500 funcionários do condado.

Com a sua população diversificada, o país considerado como a potência económica da África Oriental há muito que sofre de violência comunitária politicamente motivada em tempo de eleições, muitas vezes imputada ao discurso do ódio.

Os gigantes tecnológicos, incluindo o Facebook, têm sido acusados de não fazerem o suficiente para reprimir uma longa lista de conteúdos proibidos, como discursos de ódio, desinformação e imagens de abuso sexual de crianças.

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