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Sonda Osiris-Rex conseguiu estancar perda de amostra de solo de asteroide

A sonda Osiris-Rex conseguiu fixar numa cápsula hermética a amostra de solo do asteroide Bennu, que tinha recolhido na semana passada, anunciou hoje a NASA.

Sonda Osiris-Rex conseguiu estancar perda de amostra de solo de asteroide
Notícias ao Minuto

23:43 - 29/10/20 por Lusa

Tech OSIRIS-REx

"Nós terminámos a operação com sucesso", declarou Rich Burns, chefe do projeto, na parte da NASA, em conferência telefónica.

O braço coletor da sonda tinha recuperado um volume grande de pós e fragmentos durante um contacto de alguns segundos, na semana passada, com Bennu, mas três dias depois soube-se que a válvula do compartimento não se conseguia fechar, o que estava a resultar na perda do material para o espaço e a pôr em perigo toda a missão, lançada em 2016.

O regresso à Terra está previsto para 2023.

De forma urgente, o braço conseguiu transferir esta semana a carga durante uma operação lenta, que levou cerca de 36 horas, na cápsula, fixada no centro da sonda, e a cobertura desta foi fechada com sucesso, segundo as imagens de grande qualidade transmitidas pela Osiris-Rex.

A sonda vai regressar à proximidade de Bennu em março de 2021, com a aterragem da cápsula prevista para 24 de setembro de 2023, no deserto do Estado do Utah, nos UA.

Este imprevisto forçou a NASA a anular uma operação de pesagem da amostra. Os cientistas ignoram assim a amostra recolhida de facto.

Dante Lauretta, chefe da missão, estimou que "dezenas de gramas" foram perdidas.

Mas admitiu que a quantidade segura atinja pelo menos os 400 gramas, segundo as imagens, mas muito mais, efetivamente.

"Devemos estar acima de um quilograma", estimou Lauretta.

Contou que a operação de recolha tinha permitido descobrir que o asteroide estava coberto de uma camada de vários metros de partículas "sem coesão", devido à muito fraca gravidade.

A sonda Osiris-Rex deve ter penetrado 48 centímetros no solo, no momento do contacto, sem encontrar a menor resistência, e se não tivesse posto a funcionar os seus propulsores para se deslocar noutro sentido, "sem dúvida que teria passado através do asteroide", disse Dante Lauretta.

Se um astronauta tentasse caminhar no Bennu, ele "enterrar-se-ia até aos joelhos ou até mais", detalhou, fascinado, o cientista, acrescentando que estes dados permitiriam recalibrar todos os modelos de geologia dos asteroides.

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