Uber desencoraja contacto com autoridades em queixas de abuso sexual
Colaboradores vieram a público denunciar a forma como a empresa lida com condutores acusados de terem tido comportamento impróprio.
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Tech Uber
O The Washington Post obteve testemunhos de membros das Investigações Especiais da Uber em como a empresa desencoraja contactos com as autoridades no caso de queixas sérias de utilizadores, com a maioria a ser de assédio e abuso sexual.
Os relatos indicam que os colaboradores da Uber estão proibidos de contactarem as autoridades e que a empresa faz uso de um sistema três queixas. Ou seja, a Uber mantém condutores na estrada uma quarta queixa séria, o que significa que mesmo que estes condutores tenham sido acusados de cometer atos de abuso sexual podem continuar a trabalhar na Uber desde que ainda não tenham tido quatro queixas dirigidas contra eles.
“Não somos o juiz nem o júri para determinar se um crime ocorreu. Estarmos aqui para reunir informação, fazer uma decisão de negócio. Não somos as autoridades”, defendeu-se a responsável global da empresa para a Segurança da Mulher, Tracey Breeden. A executiva apontou ainda que esta abordagem foi decidida como forma de dar às vítimas o direito de contar “a sua própria história” e tomarem a decisão de contactarem a polícia.
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