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Delegação portuguesa visita CERN para reforçar parcerias com laboratório

Uma delegação de mais de 50 pessoas, incluindo empresários, engenheiros e cientistas, terminou hoje uma visita de dois dias ao Laboratório Europeu de Física de Partículas/CERN, na Suíça, para reforçar a participação de Portugal em novos projetos.

Delegação portuguesa visita CERN para reforçar parcerias com laboratório
Notícias ao Minuto

18:48 - 04/09/19 por Lusa

Tech CERN

A visita, que incluiu reuniões de trabalho, terminou hoje com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias.

Em declarações à Lusa, o ministro disse que a visita visou "despertar o interesse" de empresários, engenheiros e cientistas portugueses para "futuras obras e projetos de grande envergadura" que se avizinham na "próxima década" no CERN, como a alta luminosidade do acelerador de partículas subatómicas LHC e o novo acelerador de partículas, que irá substituir o LHC.

Segundo Manuel Heitor, há neste cenário a "perspetiva de expandir" a colaboração de Portugal, nomeadamente em projetos de construção e fornecimento de equipamentos, assim como científicos e tecnológicos, com concursos a encerrar em 2020 e 2021.

No CERN (acrónimo em inglês para Organização Europeia para a Investigação Nuclear) trabalham mais de uma centena de portugueses, entre engenheiros, técnicos e cientistas, de acordo com o ministro.

Durante a visita de dois dias, a delegação portuguesa teve a oportunidade de ver o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, que entrou em dezembro numa nova paragem técnica, que se prolonga até à primavera de 2021. Nessa altura, a máquina voltará a colidir protões, a uma energia ligeiramente superior à atual, potenciando a descoberta de novos fenómenos físicos, depois de concluídos os trabalhos de beneficiação em curso.

Ao mesmo tempo que decorre esta paragem técnica, continuam as obras de construção civil iniciadas em junho de 2018 e que visam melhorar o desempenho do acelerador a partir de 2026, altura em que a máquina começará a produzir mais colisões e mais dados, no modo de alta de luminosidade.

No acelerador - um túnel circular de 27 quilómetros, a 100 metros de profundidade, que atravessa a fronteira franco-suíça - são geradas colisões de protões (que são hadrões) e iões pesados a altas energias para se compreender melhor a composição do Universo.

A máquina, que completa 11 anos na terça-feira, tem uma 'esperança de vida' até 2040. Em 2025, decisões terão de ser tomadas quanto à construção de um novo acelerador de partículas, para o qual se desenham duas soluções possíveis.

Uma sugere um acelerador circular de 100 quilómetros (mais 73 quilómetros do que o perímetro do LHC) que poderá fazer colisões de protões a uma energia oito vezes mais elevada do que a do LHC e entre eletrões e positrões (antipartículas dos eletrões).

O segundo cenário aponta para a construção de um acelerador retilíneo com o comprimento inicial de 11 quilómetros (podendo chegar no final aos 50 quilómetros) para colidir eletrões e positrões.

O acelerador LHC permitiu confirmar importantes descobertas como, em 2012, o bosão de Higgs, partícula elementar que explica como as outras partículas adquirem a sua massa.

A visita da delegação portuguesa ao CERN terminou com uma homenagem ao ex-presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP) e ex-membro do Conselho Geral do CERN Gaspar Barreira, que morreu em junho, aos 79 anos.

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