Para Emmanuel Macron, "essa não é a melhor forma" de defender a segurança nacional de um país ou de "diminuir as tensões"
"A nossa perspetiva não é bloquear a Huawei ou qualquer outra empresa, mas preservar a nossa segurança nacional e a soberania europeia", sublinhou Macron, falando em inglês no salão VivaTech, em Paris.
O Presidente francês adiantou que "a França e a Europa são pragmáticas e realistas" e explicou que o objetivo é "aumentar o emprego, os negócios e a inovação".
Aquilo em que a França acredita é "na cooperação e no multilateralismo".
Macron assegurou ainda que, no caso do 5G, estará "muito atento ao acesso às principais tecnologias de rede para preservar a segurança nacional".
Washington tem pressionado vários países, incluindo os europeus, a excluírem a Huawei da construção de infraestruturas para redes de quinta geração (5G), a Internet do futuro, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de informação chineses.
Os Estados Unidos e a China têm vivido uma crescente tensão comercial, agravada na quarta-feira, quando Donald Trump proibiu as redes norte-americanas de telecomunicações de fornecerem equipamentos para empresas estrangeiras consideradas em risco.
A decisão foi justificada como uma medida de "emergência nacional", atinge sobretudo a China e a gigante de telecomunicações chinesa Huawei, há muito tempo na mira das autoridades EUA
Pequim já reagiu à decisão norte-americana, alertando que Washington está a incorrer numa "violação" das relações comerciais.