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Especialistas reunidos para lançarem bases de tratado de paz no espaço

Especialistas de 25 países - incluindo China, Rússia e Estados Unidos - vão reunir-se durante dez dias em Genebra, a partir de segunda-feira, para tentarem estabelecer as bases para um tratado de paz do espaço.

Especialistas reunidos para lançarem bases de tratado de paz no espaço
Notícias ao Minuto

06:46 - 17/03/19 por Lusa

Tech Genebra

Em fevereiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a arquitetura internacional de controlo de armas estava a desmoronar-se, lamentando a decisão de Washington e de Moscovo de se retirarem do tratado da Guerra Fria sobre armas nucleares.

No início de março, o projeto espacial do Presidente norte-americano, Donald Trump, foi apresentado ao Congresso Americano para aprovação. Esta força espacial será responsável por proteger os interesses dos EUA no espaço, que os norte-americanos consideram agora um "campo de batalha".

Apesar das atuais tensões diplomáticas, os especialistas acreditam, contudo, que há motivos para otimismo.

"Espero que isso não seja apenas uma ilusão, mas vejo iniciativas positivas", disse o ex-embaixador do Canadá em desarmamento e especialista em segurança espacial da Fundação Simons, Paul Meyer.

Em Genebra, a reunião do Grupo de Especialistas Governamentais, liderada pelo Governo, será presidida pelo embaixador do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Desarmamento, Guilherme de Aguiar Patriota.

Esforços diplomáticos para forjar um tratado espacial foram bloqueados por mais de uma década.

Um dos principais problemas, segundo os especialistas, tem a ver com visão espacial da China e da Rússia, enquanto os países ocidentais têm-se concentrado nos "comportamentos" ou "ações" que devem ser limitadas no espaço.

Patriota disse esta semana aos jornalistas em Genebra que na primeira reunião em agosto a Rússia e a China foram mais abertas do que no passado a novas ideias.

Na próxima semana, na segunda e última reunião, os especialistas tentarão chegar a um acordo sobre uma lista de "elementos" que podem formar a base de um tratado, acrescentou o responsável.

O embaixador brasileiro observou que um dos fatores que motivam os Estados a avançar é a noção de "vulnerabilidade" no espaço.

Apesar da retórica de Donald Trump, que se orgulha de orçamentos de defesa cada vez maiores, os militares entendem que a esmagadora supremacia não é suficiente para proteger os recursos espaciais de um país, argumentam os especialistas.

"É muito difícil (...) defender esses bens sozinhos no espaço", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) a líder do projeto de análise sobre o índice de segurança espacial, Jessica West.

Já um ex-chefe do dos serviços de inteligência do Departamento de Relações Exteriores do Canadá, M. Meyer, disse à AFP que outro fator que pode criar um impulso diplomático é que o espaço "não é mais considerado um clube de ricos".

Dezenas de Estados, incluindo países em desenvolvimento, agora têm satélites, destacou.

A tecnologia espacial - relacionada com o reconhecimento, mapeamento ou navegação - tornou-se parte integrante da vida militar e civil.

Para Meyer, os governos agora enfrentam uma questão: "Como os interesses da nação são mais bem servidos? (...) Provocando uma nova corrida ao armamento num ambiente vital para a prosperidade global ou realizando esforços para encontrar consensos com alguns dos seus potenciais oponentes?". 

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