Trump é recordado que multa à Google resulta de ações ilegais na UE
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, respondeu hoje ao presidente norte-americano, Donald Trump, que a decisão da Comissão Europeia de multar a Google se deve "às suas ações ilegais na União Europeia".
© Reuters
Tech Margrethe Vestager
"O caso da Google está relacionado com o comportamento ilegal da Google na Europa, não nos corresponde influenciar nem decidir como outros países devem atuar a respeito", defendeu numa conferência de imprensa, em Bruxelas.
Vestager referia-se às declarações de Donald Trump, que na quinta-feira acusou a União Europeia (UE) de "esbofetear" a Google, "uma das grandes empresas" norte-americanas, e de se aproveitar dos Estados Unidos, prometendo que tal não aconteceria durante muito mais tempo.
A comissária europeia sublinhou a importância de não "politizar as leis da concorrência" e lembrou que a decisão da Comissão Europeia de aplicar uma multa de 4,3 mil milhões de euros à Google pode ser recorrida em tribunal.
"Não queremos fazer política com a Concorrência", afiançou.
A Comissão Europeia aplicou em 18 de juljo uma multa com valor recorde de 4,34 mil milhões de euros ao gigante norte-americano Google por abuso de posição no mercado devido ao sistema Android.
Esta sanção pretende punir a Google por violação das regras 'anti-trust' (de concorrência) da UE pela posição dominante do seu sistema operativo para 'smartphones', Android, de modo a garantir a predominância das suas próprias aplicações -- com destaque para o serviço de navegação Chrome.
"A Google deve agora cessar de forma efetiva esta conduta no prazo de 90 dias ou suportar uma coima que pode ir até 5% da média diária do volume de negócios mundial da Alphabet [a empresa-mãe do gigante norte-americano]", disse então o executivo comunitário.
A violação das regras 'anti-trust' da UE vigora, segundo a Comissão Europeia, desde 2011, quando a Google "impôs restrições ilegais aos fabricantes de dispositivos Android e aos operadores de redes móveis com o intuito de cimentar a sua posição dominante nas pesquisas genéricas na Internet".
Entretanto, a Google já anunciou que vai recorrer à sanção de Bruxelas.
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