"Vou falar amanhã se me deixarem", anuncia Alberto João
A poucas horas do arranque do 37.º Congresso do PSD, Alberto João Jardim já deu o ar de sua graça nas imediações da antiga FIL. Em declarações à SIC Notícias avisou que “há coisas mais importantes para falar do que se o Rio fica, sai, se Costa cai ou não”. “Isto é piroso, não é política”.
© Reuters
Política PSD
Chegou cedo para ‘fugir’ aos jornalistas, mas acabou por ser ‘apanhado’ pela SIC Notícias. Diretamente do Funchal para o Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL), Alberto João Jardim, antigo presidente do Governo Regional da Madeira, disse esperar, em tom de brincadeira, que “amanhã” o “deixem falar”. Até porque, lembrou, “há seis anos que não vinha a um congresso”.
E parece ter alguns ‘recados’ a dar porque “há coisas mais importantes para falar do que se o Rui Rio fica ou sai, se o José e a Joaquina são rivais, se o António Costa cai ou não. Isto é piroso. Não é política”.
“Estou fora desse circuito. Temos é que corrigir a vida dos partidos em Portugal. [Os partidos estão] voltados para a postura entre eles mesmos, esquecendo o povo. Chegou um momento diferente [em que os partidos] tem de fazer um desafio à Nação”, declarou.
Neste sentido, Alberto João Jardim alertou, nestas declarações, para “dois grandes desafios”. O primeiro é o de “o partido na oposição enfrentar uma maioria governamental, parlamentar, onde o primeiro-ministro lá vai roendo a corda aos seus pares, o que me dá um gozo por ver o PCP e Bloco serem enrolados por António Costa”.
Por outro lado, disse, é preciso que essa solução vá ao encontro do que “o povo pretende para o país”. E “isto não é assim tão complexo. Cada cidadão o que quer é ter sucesso na vida. E precisa de quê? De um sistema em que os impostos não sejam injustos, de um sistema em que o Estado e privados tenham condições de investimento (não só obras públicas – investimento inovação, preparação de bons quadros operários, gestores para as nossas empresas)”, destacou.
“Depois temos de evitar esta história de transformar a nossa República numa ONG, em que andamos aqui a dar subsídios e gorjetas, e estamos a esquecer a verdadeira pobreza. A classe média está sobrecarregadíssima”, alertou Alberto João.
Na opinião do antigo governante, “o país tem que ter a coragem de ser na União Europeia uma alavanca de grande mudança. Estamos a fazer aqui sempre o papel de apagadinhos, [quando] temos fazer o lóbi dos países do Sul da Europa e entrar no caminho federalista”.
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