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Rio Tejo: PS recusa responsabilidades e lembra que problema "não é novo"

O grupo parlamentar do PS lembrou hoje que o problema de poluição no Rio Tejo "não é novo", recusando que o partido e o Governo tenham "acordado tarde" para esta questão, e rejeitou "qualquer tentativa de culpabilização".

Rio Tejo: PS recusa responsabilidades e lembra que problema "não é novo"
Notícias ao Minuto

20:55 - 26/01/18 por Lusa

Política Poluição

"O problema do rio Tejo não é um problema novo e nem o grupo parlamentar do PS e nem o Governo acordaram tarde para o problema", disse à agência Lusa o vice-presidente do grupo parlamentar do PS, João Torres.

Assegurando que o partido e o executivo acompanham "esta questão com toda a atenção", por se tratar de um "foco de poluição grave", João Torres rejeitou "qualquer tentativa de culpabilização do Governo ou do PS".

Um manto de espuma branca com cerca de meio metro cobriu na quarta-feira o rio Tejo na zona de Abrantes, junto à queda de água do açude insuflável, num cenário descrito como "dantesco" pelo grupo ambientalista proTEJO e como "assustador" pelo município.

Hoje, o PSD veio exigir explicações ao ministro do Ambiente pelo problema da poluição em certas zonas do Tejo, considerando João Matos Fernandes responsável pela situação "por inação e incompetência".

Entretanto, esta tarde, João Matos Fernandes determinou a remoção da espuma que cobre o rio Tejo, na zona de Abrantes, a redução em 50% da atividade da empresa Celtejo (que opera no concelho de Vila Velha de Ródão, já no distrito de Castelo Branco) quanto ao volume de efluente rejeitado e a retirada de sedimentos do fundo de albufeiras.

"Nós manifestamos a nossa preocupação, mas temos também de saudar a ação rápida e célere do Governo e do Ministério do Ambiente para fazer frente a este problema", assinalou João Torres.

O responsável ressalvou, contudo, que "ao longo de vários meses, o Governo tem trabalhado para mitigar e atacar esses problemas", aludindo a medidas como a construção e remodelação de 21 estações de tratamento de águas residuais, a intervenções de fecho de 26 redes de águas residuais e ainda à instalação de 10 pontos de amostragem no Rio Tejo.

"Penso que os dados que são conhecidos até ao momento apontam que esse foco de poluição resulte, muito particularmente, da acumulação de sedimentos, ou seja de matéria orgânica das albufeiras de Fratel e de Belver, e essa acumulação de matéria orgânica resulta de anos e anos de atividade humana e económica na bacia hidrográfica do Tejo que, atendendo a que o ano de 2017 foi um ano de baixa precipitação e de seca, estão agora a ser libertados", observou João Torres.

Ainda assim, rejeitou "responsabilizar uma qualquer atividade económica ou qualquer indústria em particular pelo foco de poluição", falando antes numa "nova realidade do próprio rio", que terá de ser tida em conta.

Questionado pela Lusa sobre possíveis alterações legislativas para a aplicação de sanções aos responsáveis pela poluição dos últimos dois dias no Tejo, medida proposta pelo PCP, João Torres indicou que os socialistas estão "abertos a todas as alterações legislativas que possam ir ao encontro do desígnio de preservar, de defender e de valorizar os valores ambientais".

"Penso é que nós não podemos apenas discutir as alterações legislativas na sequência destes focos, que são de maior de gravidade. Essa abertura existe, [...] mas este é o tempo de ação", vincou.

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