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CDU critica orçamento da Câmara de Beja (PS) por "parar" vários projetos

A CDU criticou hoje o orçamento da Câmara de Beja para este ano por "parar" projetos previstos para o concelho, mas o novo executivo PS diz que só executará os "fundamentais" consoante a capacidade financeira do município.

CDU critica orçamento da Câmara de Beja (PS) por "parar" vários projetos
Notícias ao Minuto

15:34 - 18/01/18 por Lusa

Política CDU

Num comunicado enviado à agência Lusa, a oposição CDU refere que os seus eleitos abstiveram-se na votação do orçamento na Câmara e na Assembleia Municipal de Beja, viabilizando-o, mas sublinham que "não introduz praticamente nada de novo em relação a 2017 e às políticas que vinham a ser seguidas pelo anterior executivo CDU".

"Acresce o facto, negativo, de [o orçamento] fazer parar algumas das grandes linhas de desenvolvimento estruturantes para o concelho e que tinham uma estratégia de médio prazo já bem definida", lamentam os comunistas.

Segundo a CDU, a "falta de criatividade" do orçamento "pode ser justificada" com "alguma inexperiência e receios" do novo executivo, mas há opções que são "claramente políticas" e "visam desvirtuar" algumas obras iniciadas pela anterior gestão "por razões meramente políticas, sem atender ao benefício que a sua continuidade traria aos munícipes e à região, o que é profundamente lamentável".

Confrontado pela Lusa com as críticas da CDU, o vice-presidente da Câmara de Beja, Luís Miranda, disse que o novo executivo municipal "é responsável e não aventureiro".

A nova gestão PS "assumiu compromissos do anterior executivo CDU que são compromissos da Câmara de Beja e vai levar por diante os que achar fundamentais e na medida em que haver financiamento para os executar e dentro da capacidade de endividamento da autarquia", afirmou.

Segundo a CDU, o executivo PS "remete" a obra de infraestruturação da zona de acolhimento empresarial da Horta de São Miguel, em Beja, "para um futuro desconhecido e ´apenas se existir financiamento`" e "irá apenas concluir o que está em curso, descurando uma aposta forte na zona e até defraudando expectativas de algumas empresas".

Luís Miranda disse que o município vai candidatar a infraestruturação da zona de acolhimento empresarial a cofinanciamento comunitário, mas estão inscritas no orçamento deste ano verbas "para assegurar a execução da obra com ou sem apoio comunitário".

A CDU refere também o caso do projeto associado aos vestígios arqueológicos do fórum romano de Beja, que "não se sabe muito bem quando e com que formato será concluído, atrasando assim um projeto que ancorava a dinamização turística do concelho e da região".

"Não há nenhum projeto de musealização, nem de arranjos exteriores para a zona de escavações", referiu Luís Miranda, indicando que o município vai "avaliar a situação".

A CDU refere ainda os casos da construção do novo Pavilhão Municipal de Desportos, que o executivo PS "deixa cair", das obras da 2.ª fase de beneficiação de bairros sociais, que a nova gestão "parou", e da "estratégia de revitalização do centro histórico", que "estava em curso" e "agora se fica apenas por uma vaga recuperação habitacional".

Luís Miranda disse que o município "não tem condições financeiras" para construir um novo pavilhão de desportos e, por isso, o projeto "não faz parte das opções do novo executivo e não terá continuidade".

Em relação à beneficiação de bairros sociais, a câmara só avançará com obras nas casas dos inquilinos e que são propriedade da autarquia, porque "são as financiáveis por fundos comunitários", já que as feitas em casas de privados não são, disse o autarca, referindo que o município "tem uma aposta forte na reabilitação de casas de habitação situadas no centro histórico" com o objetivo de "atrair" jovens para viverem na zona.

O orçamento da Câmara de Beja para este ano, de 33,8 milhões de euros, foi aprovado pelo executivo municipal com os votos a favor dos quatro eleitos da maioria PS e a abstenção dos três vereadores da oposição CDU.

Na Assembleia Municipal de Beja, o orçamento foi aprovado com os votos a favor dos 15 membros do PS e as abstenções dos outros 18 (15 da CDU, um do PSD, um do Bloco de Esquerda e um independente).

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