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Líder do PSOE considera trabalho de Governo português é "promissor"

O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, defendeu hoje em Madrid que o trabalho do Governo português liderado por António Costa é "positivo e promissor" para os socialistas e sociais-democratas espanhóis e europeus.

Líder do PSOE considera trabalho de Governo português é "promissor"
Notícias ao Minuto

19:36 - 30/11/17 por Lusa

Política Pedro Sánchez

O Governo português está a fazer um trabalho "positivo e promissor, não só para os portugueses mas também para o conjunto da Península Ibérica e também para o conjunto da Europa", afirmou Pedro Sánchez num encontro com os correspondentes de órgãos de comunicação social portugueses em Madrid.

O líder socialista espanhol, que na sexta-feira e sábado participa no Conselho do Partido Socialista Europeu em Lisboa, acredita que o caso português "demonstra" que, quando a social-democracia governa, é possível ter coesão social e crescimento económico, subir o salário mínimo e pensões, assim como baixar os impostos à classe média e trabalhadores.

Sánchez dá o exemplo de Portugal, onde o Governo socialista tem o apoio parlamentar de outros partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista), para enviar mensagens ao partido de extrema-esquerda Podemos, que atualmente é o terceiro mais importante no parlamento espanhol, logo a seguir ao PSOE, mas a descer nas intenções de voto.

"Há várias lições a tirar da experiência de [António] Costa, e uma delas é que as esquerdas quando aplicam as políticas sociais, a agenda social-económica, a igualdade, a conquista de novos direitos e liberdades, são capazes de se entender", afirmou o líder socialista espanhol.

Para Pedro Sánchez "isso é um dos ensinamentos adiados para algumas das esquerdas" espanholas, numa referência à falta de apoio do Podemos a uma coligação governamental em 2016 que poderia, na altura, ter substituído o executivo do Partido Popular (direita) de Mariano Rajoy.

O líder socialista revelou que, no início de 2017, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) irá apresentar um "orçamento alternativo", que terá "muitas coisas em comum com o que foi apresentado pelo Governo de António Costa em Portugal, em questões como a matéria fiscal ou políticas sociais".

Apesar de os partidos socialistas estarem menos representados nos Governos europeus do que há alguns anos, Sánchez acredita que "a social-democracia continua a ser a principal corrente ideológica do continente", mesmo que haja "momentos históricos em que tem mais apoios e outros menos".

"O que é essencial é recuperar a coerência face aos votantes europeus", afirmou, acrescentando que "uma das lições do socialismo português" é exatamente "que se pode recuperar essa credibilidade perdida durante os anos duros da crise económica".

O secretário-geral do PSOE mostrou-se otimista na "recuperação e subida" do seu partido nas próximas eleições: "O partido socialista está em condições de ganhar ao PP" e "é isso que vamos fazer".

As últimas sondagens indicam uma ligeira recuperação do PSOE depois de vários anos em que perdeu votos, nomeadamente para o Podemos, que agora está a descer nas intenções dos eleitores espanhóis.

Pedro Sánchez é o líder da oposição em Espanha desde 2014 com uma interrupção de nove meses a partir de outubro de 2016, quando foi afastado devido à falta de consenso interno sobre a forma como estava a dirigir o partido.

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