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"É chegada a altura de espetar as facadas do costume no lombo do Governo"

Alfredo Barroso expressou a sua opinião relativamente ao relatório de Pedrógão Grande, considerando que, para o Governo, "agora não será fácil descalçar a bota”.

"É chegada a altura de espetar as facadas do costume no lombo do Governo"
Notícias ao Minuto

11:20 - 16/10/17 por Notícias Ao Minuto

Política Incêndios

Portugal ardeu outra vez e a devastação provocada pelos incêndios este fim de semana fez suscitar as memórias da situação de Pedrógão Grande. Com efeito, na sua página de Facebook, Alfredo Barroso, ex-secretário de Estado português, recorda a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa na altura, que considerou que “o que se fez foi o máximo que podia ser feito”.

Mas, para o socialista, é chegada a altura “de esquecer o que então se disse e de começar a espetar as facadas do costume no lombo do Governo, que ainda por cima é de esquerda”.

Alfredo Barroso defende que “o Governo tem, como é óbvio, o dever de lamentar a má sorte das populações atingidas pelos incêndios, de lamentar as vítimas e de ajudá-las com a maior presteza, diligência e eficácia possíveis, mas não tem obrigação nenhuma de pedir desculpa quer por incêndios que não ateou, quer pelas falhas inevitáveis em qualquer combate a incêndios de grandes dimensões". 

Qualquer governo tem, “isso sim, a obrigação de tirar rapidamente ilações dos erros cometidos e das falhas constatadas, sendo certo que a responsabilidade pelas insuficiências na prevenção e combate aos incêndios em Portugal já vêm, infelizmente, de muito longe e devem ser assumidas e partilhadas pelos partidos do bloco central ou, para ser tão preciso como o mais sonso dos políticos lusitanos - Paulo Portas - pelos partidos do celebérrimo arco da governação”.

Alfredo Barroso aproveita ainda a oportunidade para manifestar a sua desconfiança relativamente “ao relatório do incêndio sobre Pedrógão: trata-se de um documento “de uma pretensa comissão independente, cheio de conclusões que são música celestial para os ouvidos da direita (ressentida e vingativa) e do inconstante e melífluo Presidente da República. Sugerida a sua constituição pelo PPD/PSD - que agora utiliza o relatório como arma de arremesso político -, a verdade é que o Governo acabou por cair na "armadilha" e agora não será fácil descalçar a bota”.

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