Pedro Santana Lopes anunciou esta noite na SIC a sua candidatura à liderança do PSD. "Hoje é dia de boas notícias, Portugal ganhou e eu sou candidato à liderança do PPD/PSD", disse.

O ainda provedor da Santa Casa da Misericórdia afirmou que teve de cumprir os seus deveres institucionais e que apenas pediu licença aos seus filhos. "Desta vez deram-me via verde, encorajaram-me até. Já se opuseram mas desta vez não", disse.

"Este é o anúncio. Não vou fazer a apresentação amanhã ou depois", referiu, também.

Explicou ter sido importante que as eleições diretas fossem em janeiro, pois, explicou, “outros candidatos começaram a planear a candidatura há um ano, eu comecei há uma semana”, disse. “Assim há tempo para haver o debate todo que deve haver e para correr o país todo como quero correr, para ir ter com os militantes todos do PPD/PSD”, afirmou.

Quanto à formalização da candidatura, Santana Lopes referiu que começava a recolher assinaturas amanhã e que contava fazer a apresentação formal para a próxima semana. Questionado sobre a motivação da candidatura, aos 61 anos, respondeu que a razão é o sentido de dever. “O que me motiva mesmo é que sinto que tenho o dever de avançar”, disse, explicando que “aqui está em causa o país, ao candidatar-me ao meu partido estou a candidatar-me para fazer no meu país aquilo que há muito quero fazer”.

“Eu, ao longo dos anos, defendi o caminho do Dr. Pedro Passos Coelho, com liberdade, mas procurei defender”, admitiu , referindo-se ao atual líder do PSD.

Sobre a diferença entre si próprio e Rui Rio, admitiu que poderia ser uma questão de “algum posicionamento político”, afirmando não querer falar pelo potencial adversário: “Sempre nos demos bem”. Relativamente a outros candidatos “isso não me faz impressão nenhuma”, garantiu.

António Vitorino, habitual parceiro de Pedro Santana Lopes no espaço de comentário na SIC Notícias, reagiu a este anúncio afirmando que era “um ato de coragem”. “Quem tem o percurso político do Pedro e quem exerceu as funções que o Pedro exerceu, é quase um ato de humildade democrática estar a submeter-se ao veredicto não apenas dos militantes do seu partido, mas também ao veredicto dos portugueses”, explicou.

As eleições diretas no PSD estão marcadas para o próximo dia 13 de janeiro. Nesse dia, os militantes do partido escolhem o seu futuro líder, sendo que Santana Lopes terá pela frente Rui Rio, que vai apresentar, oficialmente, a sua candidatura amanhã, em Aveiro. 

Já o Congresso do partido, onde vão ser eleitos os novos órgãos nacionais, está marcado para 16, 17 e 18 de fevereiro. 

[Atualizada às 23h45]