POUPANÇA NO MINUTO
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Afirmações de Paulo Rangel "são factuais" e é esta a explicação de Passos
O líder do PSD comentou as afirmações do colega de partido Paulo Rangel, que mereceram dura reação do PS.
© Global Imagens
Política PSD
Esta sexta-feira, na Universidade do Verão do PSD, o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel acusou o Governo de "dar com uma mão e tirar com a outra" e de "deteriorar o Estado" com "cortes brutais", ao ponto de já terem causado vítimas. "E não foram poucas".
A crítica mereceu resposta socialista, em particular de João Galamba, que acusou Rangel de ter dito algo que é "pura e simplesmente mentira" e de fazer aproveitamento político da tragédia de Pedrógão Grande.
Passos Coelho, que esta noite se encontra em Vila Real, comentou o caso perante jornalistas, à margem da iniciativa da candidatura local do PSD.
Questionado sobre a sugestão de Rangel, Passos foi assertivo: "Deve haver aí algum equívoco, que eu ouvi o doutor Paulo Rangel e não ouvi essas afirmações. Ouvi o doutor Paulo Rangel fazer uma denúncia que não é nova mas que ele apresentou de uma forma diferente e bastante direta".
"A política orçamental que vem sendo prosseguida pelo Governo desde 2016 vem penalizando a qualidade das políticas públicas e, nessa medida, os portugueses são vítimas quer na educação, quer na saúde, quer na segurança, quer até na Proteção Civil, de uma despesa pública mais centrada em salários do que aquilo que são os serviços que devem ser prestados às pessoas", disse ainda Passos Coelho.
Questionado sobre se concordava com as palavras do antigo líder de bancada parlamentar do PSD, Passos Coelho respondeu: "Não é uma questão de concordar, elas são factuais".
"Desde que foi conhecida a conta-geral do Estado, relativamente a 2016, os números foram conhecidos. O Governo andou muito tempo a tentar disfarçá-los mas a conta-geral do Estado mostra justamente que há setores em que a despesa pública total foi inferior em 2016", em relação à de 2015. Além do mais, acrescentou, "há outros setores em que apesar de a despesa ter sido ligeiramente superior, quer a inflação, quer sobretudo o peso dos salários nesse aumento, trazem consigo uma despesa efetivamente menor nos serviços prestados".
Passos Coelho diz ainda que o PSD compreende a importância de “atingir as metas défice e nunca estivemos contra isto”. Porém, "as escolhas que o Governo faz para atingir esses resultados não são indiferentes".
"Não sei o que é que há de indigno na denúncia que Paulo Rangel fez", acrescentou ainda o líder do PSD.
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