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"Não há almoços grátis. Uma empresa não investe por simpatia"

Luís Marques Mendes afirma mesmo que o deputado social-democrata Sérgio Azevedo foi fazer turismo à custa de parceiros privados da Huawei.

"Não há almoços grátis. Uma empresa não investe por simpatia"
Notícias ao Minuto

22:53 - 27/08/17 por Andrea Pinto

Política Marques Mendes

As viagens pagas pela NOS, parceira da multinacional Huawei, ao deputado do PSD Sérgio Azevedo e a seis funcionários dos ministérios da Saúde e das Finanças estiveram em análise, por Marques Mendes, este domingo no Jornal da Noite da SIC. Para o comentador, nenhuma das partes deveria ter aceite as viagens associadas à empresa, embora possam fazer-se duas análises diferentes.

Assim, no caso do deputado Sérgio Azevedo, Marques Mendes repudia completamente a sua atitude. “Acho que fez muito mal ter ido à China custeado por esta empresa porque um deputado não tem funções executivas. Não se percebe a motivação profissional que o levou a fazer isto”, afirma, considerando que se não há um motivo profissional, então, Sérgio Azevedo “foi fazer turismo à custa de uma empresa ou, mais grave ainda, foi por uma empresa que pensa que em contrapartida vai ter a ajuda dele em alguma operação”.

Quanto à noticia avançada pelo Expresso, e que dava conta de que parceiros privados da Huawei haviam pago os custos das viagens de avião e da estada na China a seis funcionários dos ministérios da Saúde e das Finanças, em 2015, Marques Mendes faz uma avaliação um pouco diferente.

“Os funcionários da saúde têm funções executivas, podem ter de tratar de compras do Estado e devem conhecer as empresas fornecedoras, é normal. O que já não é normal é ir visitar as empresas potencialmente fornecedoras com viagens pagas por essas empresas”, refere.

E explica porquê: “Porque não há almoços grátis, uma empresa não investe milhares de euros em deslocação apenas por simpatia. Fá-lo a pensar num favorecimento. Mesmo que o dirigente seja sério, fica sempre no ar uma suspeita”. 

Posto isto, o comentador defende que em qualquer um dos casos deveria existir o “principio da mulher de César: não basta ser sério, há que parecê-lo”.

[Notícia atualizada às 8h40 de 28/08/2017]

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