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Deputado do PS observou avanço nas práticas democráticas e ato organizado

O deputado socialista Porfírio Silva, que integrou uma missão de observação eleitoral da CPLP às eleições gerais de Angola, considerou hoje que estas constituiram um "avanço relativamente às práticas democráticas" naquele país, num processo muito organizado e participado.

Deputado do PS observou avanço nas práticas democráticas e ato organizado
Notícias ao Minuto

20:22 - 25/08/17 por Lusa

Política Angola

Juntamente com Marco António Costa, do PSD, Porfírio Silva integrou uma missão de observação eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições angolanas que o MPLA venceu com 61,70% dos votos, elegendo João Lourenço como o próximo Presidente da República, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, pelo mesmo partido.

"Penso que há boas razões para pensar que estas eleições constituem um avanço relativamente às práticas democráticas naquele país e que são um bom elemento de consolidação da participação efetiva na construção plural em Angola", sublinhou Porfírio Silva, em declarações à agência Lusa.

Na opinião do deputado do PS, o ato eleitoral em Angola foi "um processo muito participado e muito organizado", no qual foi possível "constatar uma grande afluência às urnas".

"Nós não podemos, num país tão vasto e tão complexo como Angola, dizer que tudo terá corrido bem em todos os sítios, mas a perceção não só daquilo que eu vi diretamente, como daquilo que os meus colegas de missão da CPLP, como aquilo que pude ouvir nas reuniões das várias missões, a perceção que temos é que houve uma grande participação e uma grande abertura", destacou.

De acordo com o observador, em todas as mesas que esteve "havia delegados de vários partidos, incluindo da oposição" e apesar de em geral não estarem "todos os seis concorrentes, estavam normalmente três, quatro ou cinco".

"Tive a oportunidade de constatar que os observadores das outras missões tinham a mesma perceção desse facto que é fundamental para a transparência do processo", referiu ainda.

A constatação generalizada das várias missões, de acordo com Porfírio Silva, é que "os delegados dos partidos puderam estar desde a abertura dos materiais, antes da abertura das mesas, acompanharam a votação e contagem de votos".

"Terá havido efetivamente alguns problemas na credenciação, provavelmente os partidos não conseguiram obter todas as credenciações que quiseram para todos os sítios, mas a própria CNE, tendo-se apercebido que estava a ser um pouco rígida na questão da credenciação dos delegados dos partidos, na fase final fez uma abertura o que permitiu um melhor aproveitamento dos delegados que existiam", relatou ainda.

O MPLA venceu as eleições gerais angolanas com 61,70% dos votos, de acordo com a atualização dos dados provisórios da votação de quarta-feira, divulgada hoje pela CNE, elegendo João Lourenço como o próximo Presidente da República, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, pelo mesmo partido.

No entanto, os resultados definitivos só deverão ser anunciados a 06 de setembro.

De acordo com os dados avançados pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.114.386 votos (97,82% do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.071.525 votos (61,10%), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.780.038 votos (26,71%).

Com este resultado, que corresponde a um total de 150 mandatos para o MPLA, o partido no governo em Angola consegue também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012.

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