"Rui Moreira tem andado num rodopio de promessas eleitoralistas"
O candidato do Bloco à Câmara do Porto criticou hoje o presidente da autarquia, Rui Moreira, por não ter recuperado a Biblioteca Municipal, acusando o independente que se recandidata de "tiques populistas" devido ao "frenesim de promessas" eleitorais.
© Global Imagens
Política João Teixeira Lopes
"Rui Moreira tem andado num rodopio de promessas eleitoralistas, o que, para quem se diz acima de determinado tipo de fazer política, revela tiques populistas muito sérios e graves", lamentou João Teixeira Lopes, em declarações à Lusa no fim de uma visita à Biblioteca Municipal.
Para o candidato do BE, "todas as semanas" o autarca "tira coelhos da cartola", num "frenesim de anúncios que correspondem a promessas não cumpridas, comportando-se como quem diz «já ganhei»".
"Supõe-se que já se crê eleito, mas a cidade não gosta disso. Para além disso, utiliza meios da Câmara para propaganda eleitoral, revelando velhos vícios da péssima política", afirmou Teixeira Lopes.
O bloquista enumerou, como exemplos de "promessas que não saíram do papel" e que Moreira tem recentemente anunciado, o caso do pavilhão Rosa Mota, do Matadouro, a construção de uma residência universitária no centro histórico, de um parque de autocaravanas em Campanhã ou de um skate park urbano.
Segundo o candidato, também o "plano de apoio aos sem-abrigo", anunciado quando o socialista Manuel Pizarro mantinha uma coligação pós-eleitoral com Moreira, continua "por implementar na totalidade", já que "a equipa de rua não está no terreno" e a "rede de restaurantes solidários é, apenas, um restaurante solidário".
De igual forma, diz Teixeira Lopes, "plano integrado para as ilhas" da cidade, apresentado por Moreira e Pizarro, "limitou-se à ilha da Bela Vista".
"A reabilitação de 17 edifícios no centro histórico, anunciada cinco vezes, também não saiu do papel, acrescentou.
De acordo com o candidato, "em 2015" Rui Moreira comprometeu-se, também, com a expansão da Biblioteca Municipal, que o vereador da Cultura que morreu naquele ano, Paulo Cunha e Silva, chegou a indicar como "a grande obra do mandato" nesta área.
"A promessa não saiu do papel", disse o candidato, frisando que a Biblioteca "precisa claramente de ser reabilitada", mas também "de mais funcionários e mais meios técnicos", até porque "apenas um terço do seu catálogo está digitalizado".
O presidente da Câmara do Porto anunciou a 22 de dezembro de 2015, numa reunião pública do executivo, que pretendia "revisitar" o projeto de expansão da Biblioteca Municipal do arquiteto Eduardo Souto Moura, depois de um estudo ter concluído pela impossibilidade de duplicar a atual capacidade de depósito através da implantação de estantes compactas.
Na ocasião, Moreira lembrou que o projeto de expansão, apresentado em 2003, prevê a construção no terreno norte e no terreno contíguo ao edifício da Biblioteca Municipal, que foi doado pelo Ministério das Finanças.
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