Pedrógão Grande e Tancos: Bloco aponta dedo a PSD/CDS mas não esquece PS
A bloquista acredita que a governação dos últimos anos pode não ter ajudado em casos como Pedrógão Grande e o roubo de Tancos.
© Global Imagens
Política Catarina Martins
Catarina Martins discursou esta tarde em Salvaterra de Magos e, colocando um foco no caso da tragédia de Pedrógão Grande e no roubo de material de guerra de Tancos, apontou o dedo ao Estado, deixando ainda farpas ao anterior governo PSD/CDS e também ao atual Executivo.
A coordenadora do Bloco de Esquerda enumerou as falhas existentes ao longo das últimas semanas, nomeadamente as da Proteção Civil e do SIRESP e garante que o seu partido trabalhará para mudar o rumo da operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança.
“O Bloco de Esquerda tudo fará para que o SIRESP possa ser um sistema público e capaz de responder e de dar confiança a toda a população”, prometeu.
Por outro lado, Catarina Martins apontou ainda falhas na coordenação e apelou para que haja mais atenção durante o verão. “Não podemos falhar no apoio a estas populações que ainda precisam de tanto”, recordou também.
Porém, e mostrando que depois do incêndio avassalador há um assunto que preocupa extremamente o país, a bloquista é perentória: “No momento em que ainda estamos a discutir como o Estado pode falhar tanto numa tragédia como Pedrógão Grande, somos surpreendidos com notícias de outras áreas que mostram também este falhanço em tarefas fundamentais do Estado”, disse, referindo-se ao caso do roubo de material de guerra em Tancos.
“Não se consegue explicar e tem uma enorme gravidade pelo armamento roubado de que ainda não sabemos o destino e ainda não foi resgatado e da vigilância inexistente ao longo deste tempo”, justifica Catarina Martins.
A coordenadora do Bloco de Esquerda acredita que “estas descoordenações e falhanços em funções essenciais do Estado precisam que sejam assumidas responsabilidades políticas, além de todas as outras do ponto de vista criminal”.
“Quando ficamos a saber que não havia videovigilância há dois anos ou quando sabemos que das 500 equipas de Sapadores Florestais, Portugal só tem 200, podemos olhar para o governo PSD/CDS e para a forma como cortou irresponsavelmente no Estado, mas também temos de lembrar que o PS está no Governo e que há mais de um ano e meio aprovou Orçamentos de Estado e que deveria ter dado resposta a estas necessidades dos serviços públicos”, atira a bloquista, acusando tanto o governo anterior como o atual.
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