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Pedrógão: PCP rejeita "mais comissões" e quer "cabal esclarecimento"

O secretário-geral do PCP desvalorizou hoje mais "comissões, relatórios e recomendações" de prevenção de incêndios e exigiu o "cabal esclarecimento" de "causas e circunstâncias" do fogo na zona Centro que vitimou até agora 64 pessoas.

Pedrógão: PCP rejeita "mais comissões" e quer "cabal esclarecimento"
Notícias ao Minuto

16:36 - 21/06/17 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

"Será preciso apurar integralmente causas e circunstâncias em que este incêndio se desenvolveu ao ponto de ter provocado tamanha perda de vidas e destruição de recursos e bens. Não é para repetir comissões, relatórios, recomendações, mas para concretizar medidas e ações concretas há muito identificadas como necessárias à prevenção dos fogos florestais", afirmou Jerónimo de Sousa no parlamento, reunido em sessão solene de homenagem às recentes vítimas de fogos florestais.

O líder da bancada do PS afirmou hoje à agência Lusa que os socialistas estão disponíveis para viabilizar a proposta do PSD referente à criação de uma comissão técnica independente sobre as causas do incêndio de Pedrógão Grande. O BE admitiu a criação de uma comissão de inquérito para apurar o sucedido.

O deputado do PCP referiu-se à "catástrofe de dimensões inéditas, que impõe com urgência uma resposta pronta e eficaz às vítimas e também, a breve prazo, o cabal esclarecimento de todas as circunstâncias em que o incêndio se desenvolveu, com as consequências conhecidas".

"Não é possível assistir a uma catástrofe como esta sem questionarmos sobre as medidas que nunca saíram do papel ou as opções que tomadas em sentido contrário em matéria de ordenamento florestal e vigilância das florestas. Não é possível olhar para esta catástrofe iludindo as consequências de anos de integração na União Europeia e suas políticas comuns", disse.

Jerónimo de Sousa lamentou ainda a "desagregação e extinção de serviços e estruturas públicas", "debilidades em infraestruturas de telecomunicações e comunicações rodoviárias", "insuficiência de meios e condições de operacionalidade da proteção civil", "despovoamento do interior e abandono das populações à sua sorte" e a "inação perante pressão de interesses económicos".

O parlamento aprovou hoje um voto de pesar pela morte das vítimas dos incêndios dos últimos dias no centro do país provocada pela "maior tragédia humana provocada por fogos florestais em Portugal".

O voto, subscrito por todos os partidos e pelo presidente da Assembleia da República, foi lido pelo próprio Ferro Rodrigues no início de uma sessão solene de homenagem às vítimas dos incêndios que já fizeram 64 mortos e mais de 20 feridos desde sábado.

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