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Câmara de Lisboa de "estende tapete vermelho" a hospitais privados

O candidato do PCP à Câmara de Lisboa acusou hoje o executivo municipal, de maioria socialista, de apoiar a "opção de varrer do mapa seis hospitais" da zona central da cidade e "estender o tapete vermelho" a unidades privadas.

Câmara de Lisboa de "estende tapete vermelho" a hospitais privados
Notícias ao Minuto

16:24 - 29/05/17 por Lusa

Política João Ferreira

"Esta maioria municipal, que apoia a opção de varrer seis hospitais do mapa da cidade, é a mesma que vai facilitando a vida à instalação na cidade de novos hospitais privados", disse o candidato do PCP à Câmara Municipal de Lisboa, no final de uma reunião com a administração do Hospital de Santa Marta.

Esta unidade de saúde faz parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central, juntamente com os hospitais dos Capuchos, Curry Cabral, São José, D. Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa.

Na opinião do também vereador, a opção do executivo tem passado por "dificultar a vida ao Serviço Nacional de Saúde, limitar a sua capacidade de resposta e estender o tapete vermelho ao nascimento de novas unidades privadas de saúde em Lisboa".

João Ferreira exemplificou que "foi assim com a venda de terrenos que permitiu a expansão do Hospital da Luz [em Benfica], destruindo um quartel de bombeiros, o mais moderno da cidade, foi assim com a venda de terrenos, encerrando um polo de serviços municipais em Alcântara".

"Também desse ponto de vista, as opções da atual maioria municipal se têm revelado desastrosas do ponto de vista do que são os interesses e as necessidades da população em Lisboa", salientou.

Para o candidato, assiste-se a "um caminho de degradação de serviços públicos na cidade" e "isso é evidente na forma como nos últimos anos se foi degradando a rede dos cuidados de saúde primários, mas também ao nível dos cuidados diferenciados".

João Ferreira considerou que o caso do Centro Hospitalar Lisboa Central "é paradigmático", no sentido de que houve "um caminho de diminuição da atividade destes seis hospitais, que hoje têm uma importância vital na cidade de Lisboa e para lá da cidade de Lisboa".

O vereador salientou ter existido "uma diminuição do investimento, que não permite que estes hospitais colmatem necessidades do ponto de vista de equipamento e de alguns serviços, cujas necessidades têm de ser satisfeitas com recurso a contratação de serviços externos".

"Muito do que podia e devia ser feito hoje por estes hospitais acaba por ter de ser feito em privados com gastos desnecessários por insuficiente investimento na capacidade própria destas unidades, houve uma redução do número de camas, uma redução da atividade geral", criticou.

Por isso, defendeu, "é necessário aumentar o investimento" nestas unidades hospitalares.

Lembrando que "o Governo e a atual maioria na Câmara Municipal de Lisboa apontam para um cenário de desativação destas seis unidades de saúde, com a criação do novo hospital Lisboa Oriental", o comunista defendeu a construção da nova unidade de saúde, "mas não à custa do desaparecimento destes seis hospitais".

João Ferreira advogou que este hospital "não vai absorver a capacidade que hoje existe dispersa por estas seis unidades".

"Teremos uma diminuição do número de camas em cerca de um terço, teremos também diminuição do número de blocos operatórios na ordem dos 40%, teremos uma diminuição dos gabinetes de consulta na ordem dos 40% e teremos uma diminuição do pessoal total hoje afeto a estas unidades", elencou.

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