Da Esquerda à Direita é consensual: "Mérito é dos portugueses"
Partidos e Presidente da República já reagiram à decisão da Comissão Europeia de retirar Portugal do procedimento por défice excessivo.
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Política Europa
A Comissão Europeia aconselhou o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia a pôr fim ao procedimento por défice excessivo (PDE) que Portugal tem desde 2009. A notícia foi bem recebida a nível nacional e os partidos, assim como o Presidente da República já reagiram.
Numa primeira declaração, Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu os louros da decisão de Bruxelas aos portugueses e aos seus sacrifícios de muitos anos. E, uma declaração do chefe de Estado divulgada mais tarde no site da Presidência da República, dá conta que já “felicitou o primeiro-ministro António Costa e o anterior primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, pelo trabalho dos respetivos governos que permitiram a decisão hoje tomada”.
Pelos corredores da Assembleia, João Galamba foi o primeiro a abordar o tema e, em nome do Partido Socialista, referiu que este é “um voto de confiança” e uma forma de a Europa reconhecer que “Portugal está no bom caminho”.
Porém, o socialista frisou que “este resultado não é o fim da linha” e que “importa continuar a trabalhar para aumentar ainda mais o crescimento da economia, melhorar ainda mais as condições do mercado de trabalho e continuar a reduzir o défice”.
Por falar no anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho foi dos primeiros a reagir à notícia, concordando que este é “um resultado pelo qual todos devemos cumprimentar o Governo do país que assegurou a condições que nos qualificam para esta recomendação da Comissão Europeia”.
Ainda assim, o líder da oposição não deixou de referir, a partir da sede do partido, que não subscreve “a forma como o Governo lidou a estratégia orçamental” e discorda “dos riscos acrescidos”, ficando “satisfeito por Portugal ter conseguido atingir a meta orçamental a que o país se tinha comprometido”.
Já pela voz do CDS, que também fez parte do governo anterior, coube a João Almeida uma reação. Mostrou-se orgulhoso de ter feito parte de todo o processo, e voltou a referir os portugueses, assim como o Executivo de António Costa.
À Esquerda, a deputada Mariana Mortágua, em nome do Bloco de Esquerda deixou críticas à Europa e à forma como as regras europeias têm funcionado como “constrangimento ao desenvolvimento do país”.
E nesta senda, realçou que este é o momento certo para “proteger aqueles e aquelas que foram mais atingidos e castigados por estas regras”.
João Oliveira, do PCP, optou pelo mesmo caminho das críticas fortes à União Europeia, frisando que “o défice e o PDE têm sido utilizados como pretextos e instrumentos para impor a Portugal um conjunto de medidas de destruição da nossa capacidade produtiva”.
Mostrando que esta decisão “não será suficiente para que a UE deixe de chantagear e pressionar Portugal" e "é preciso que se dê a resposta adequada a isso”, por isso, o PCP crê que esta é a altura certa para “atacar os problemas estruturais do país, esse défice da produção, com apoio à agricultura, à pesca e à industria, ao desenvolvimento da nossa capacidade produtiva a partir da riqueza nacional”.
Pela voz d' Os Verdes, José Luís Ferreira, por sua vez, referiu que esta é era uma notícia “esperada” mas “positiva”, que veio “confirmar o sucesso das políticas que estão a ser aplicadas por este Governo”, uma alternativa “em que é possível crescer sem castigar as pessoas, em que há políticas que se diziam inevitáveis e que afinal tinham razão todos aqueles que diziam que havia uma alternativa e que a austeridade não era uma inevitabilidade”.
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