Offshores: Trabalho do anterior Governo "não pode ser posto em causa"
O ex-secretário de Estado Paulo Núncio assinalou hoje que o executivo a que pertenceu foi "atuante" no combate à fraude e paraísos fiscais, e tal trabalho "não pode ser posto em causa" por "uma questão específica de estatísticas".
© DR
Política Paulo Núncio
"O combate aos paraísos fiscais foi sempre uma prioridade do anterior governo, prioridade essa que teve resultados palpáveis", assinalou o antigo governante responsável pelos Assuntos Fiscais, falando na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, onde, pelas 13:30, ainda estava a ser ouvido, numa sessão que arrancou pelas 10:00.
O trabalho do executivo PSD/CDS-PP a que pertenceu, advoga, "não pode ser posto em causa" em matéria de combate à fraude fiscal "por uma questão específica de estatísticas" pela qual Núncio assume total responsabilidade política.
"Já assumi a minha responsabilidade, mas a questão de estatísticas não pode pôr em causa o trabalho realizado e os graus de eficácia atingidos", indicou.
Na ocasião, o antigo secretário de Estado mostrou uma capa do jornal Expresso de 2012 cuja manchete era, precisamente, o foco do então governo no combate à fraude e aos 'offshore'.
As explicações de Núncio, contudo, não convenceram a esquerda parlamentar, com o deputado comunista Paulo Sá, por exemplo, a traçar uma retrospetiva de várias perguntas feitas pelos comunistas a vários governantes entre 2014 e 2015.
"O grupo parlamentar do PCP muitas vezes o questionou a si e a outros membros do [então] governo sem que essas respostas tenham sido entregues ao parlamento", lamentou o parlamentar comunista.
Paulo Sá elencou audições recorrentes de Núncio ou da ministra Maria Luís Albuquerque para realçar que o executivo não respondeu às pretensões comunistas de saber que montantes foram transferidos de Portugal para paraísos fiscais em anos recentes.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com