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"Se fosse primeiro-ministro não aceitaria declaração de Portas"

O histórico do PSD, Ângelo Correia, classifica de “inédito” as declarações públicas do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros, sobre o novo pacote de medidas de austeridade, defendendo que tal “nunca devia ter ocorrido”. Nesta entrevista à Antena1, Ângelo Correia garante que se estivesse no lugar de Passos Coelho “não aceitaria” que o parceiro de coligação fizesse a declaração que fez ao País.

"Se fosse primeiro-ministro não aceitaria declaração de Portas"
Notícias ao Minuto

16:42 - 09/05/13 por Notícias Ao Minuto

Política Ângelo Correia

Em entrevista à rádio Antena1, o antigo ministro e histórico do PSD, Ângelo Correia, considera que vivemos uma circunstância de “esgotamento dos partidos políticos”, pelo que “o primeiro esforço que têm de fazer é mudar a sua maneira de estar e de representar”, através da “concorrência e competição no espaço político”.

Questionado sobre o novo pacote de medidas de austeridade, o empresário defende que o mesmo “devia ter sido feito logo depois de o Governo ter tomado posse” e quando começou “a cumprir o programa da troika”, evitando assim tanta “recessão, diminuição do poder de compra” e, principalmente, “uma demolição parcial do tecido produtivo do sector privado”.

Já sobre as declarações de Passos e Portas, o histórico social-democrata revela que lhe “pareceu algo de inédito e que nunca devia ter ocorrido”. Ângelo Correia afirma mesmo que se fosse primeiro-ministro “nunca aceitaria uma coisa destas”.

Apesar de não considerar que “foi uma quebra de lealdade, no sentido em que até foi combinado antes entre os dois, o que era lógico acontecer”, na opinião de Ângelo Correia, “primeiro era preciso falar de tudo em que estavam de acordo” e guardar para “melhor oportunidade “aquilo em que não estavam”.

“Não critico ninguém em particular, critico é a existência de uma circunstância que permitiu que uma hierarquia fosse alterada e que com isso se criasse na imagem pública (…) uma suspeita do PSD face ao CDS, que é indesejável”, e uma interrogação quanto à “hierarquia e autoridade do primeiro-ministro”, sublinha Ângelo Correia, reforçando que “não podemos dar tiros nos pés”.

Quanto aos apelos frequentes ao consenso lançados ao PS, Ângelo Correia entende que se os partidos da coligação governativa “perceberam que para mudar o Pais é preciso mesmo mudar algumas regras, deviam [ter tentado] cativar o PS desde o primeiro dia, agora é tarde”.

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