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"Não acredito nos consensos de curto prazo e oportunistas”

O líder parlamentar socialista defendeu esta terça-feira que o mar é estratégico para Portugal e disse não acreditar "nos consensos de curto prazo e oportunistas, para resolver questões do momento", mas sim nos que vão "além dos ciclos políticos".

"Não acredito nos consensos de curto prazo e oportunistas”
Notícias ao Minuto

19:55 - 07/05/13 por Lusa

Política Zorrinho

As posições de Carlos Zorrinho foram assumidas durante a abertura de uma conferência sobre ‘O Mar - Uma estratégia nacional’, organizada pelo Grupo Parlamentar do PS e pelo Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal, no Parlamento.

No seu discurso, o presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou que o mar é "a âncora da afirmação de Portugal" e que o torna "central e não periférico" enquanto país.

"Se há um ser português, esse ser português é talhado pela relação com o mar. É o mar que nos faz uma nação global e cosmopolita, que nos torna um país ponte e de forte interacção com as potências mundiais", disse.

Zorrinho aproveitou a questão do mar para defender que esta é uma área onde deve existir um consenso de longo prazo no país e deixar várias críticas ao Governo e à sua estratégia de fomento industrial.

"No dia 23 de Abril deu à costa uma nova estratégia de fomento industrial do Governo, mas que teve logo um naufrágio, uma semana depois, com o Documento de Estratégia Orçamental, que veio acabar com as nossas esperanças de crescimento. A onda do crescimento em Portugal durou uma semana", ironizou.

No mesmo tom irónico, o líder da bancada socialista afirmou que "o mexilhão é que leva com a tempestade" e com "o não aproveitamento dos recursos que temos".

Neste contexto, Carlos Zorrinho disse não acreditar "nos consensos de curto prazo e oportunistas, para resolver questões do momento, mas sim num consenso que vá além dos ciclos políticos".

O antigo secretário de Estado da Energia e director do Plano Tecnológico dos governos de José Sócrates apelou a que esta seja "a década do mar" e sublinhou que os socialistas vão "tirar consequências disso" na negociação dos próximos fundos europeus.

"Houve um consenso em Portugal sobre o mar durante vários séculos, vários reinados e até quando mudaram casas reais. Será que não é possível que haja um consenso de uma década sobre o mar?", interrogou.

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