Bernardino Soares "cheio de força" para Loures

O presidente da Câmara Municipal de Loures revelou-se "cheio de força para continuar", citando o líder comunista, Jerónimo de Sousa, e recandidatar-se nas eleições autárquicas de 2017, "cheio de entusiasmo" para "o melhor resultado possível".

Bernardino Soares

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Lusa
27/11/2016 08:48 ‧ 27/11/2016 por Lusa

Política

Câmara Municipal

Em entrevista à agência Lusa, Bernardino Soares, salvaguardando ser "matéria que não está decidida ainda" por ser "um pouco cedo para isso", elogiou o facto de o sistema autárquico proporcionar "consensos e entendimentos" entre partidos, como o que fez com o PSD, o MPT e o PPM, sem excluir o PS no futuro.

O membro do Comité Central do PCP, 45 anos, jurista e ex-líder parlamentar comunista, foi deputado em cinco legislaturas, e é o autarca de Loures desde 2013 (34,74% dos votos), após recuperar a liderança de um município que estava nas mãos do PS desde 2002.

"Não tenho nenhuma outra pretensão, estou muito entusiasmado com o trabalho aqui em Loures e é aqui que me revejo a continuar a trabalhar. É matéria que não está decidida ainda. É um pouco cedo para isso. Posso dizer que estou cheio de entusiasmo, a um ano das eleições, e espero continuar com o mesmo entusiasmo quando chegar à altura. Posso dizer, como o Jerónimo de Sousa, que estou cheio de força para continuar", afirmou, questionado sobre a recandidatura ou o eventual desempenho como secretário-geral do PCP dentro de quatro anos.

O social-democrata Fernando Costa, histórico autarca das Caldas da Rainha, foi eleito vereador pela coligação Loures Sabe Mudar (PSD, MPT e PPM) e assumiu o pelouro dos Serviços Jurídicos no executivo municipal, após "um acordo de princípio" com a CDU. Nas eleições de 29 de setembro de 2013, a coligação PCP-PEV elegeu cinco vereadores, o PS quatro e o PSD dois.

"No início deste mandato, tanto fizemos propostas ao PSD como ao PS. Reunimos com ambos para assumirem responsabilidades connosco na Câmara Municipal de Loures. Simplesmente, o PS não aceitou. Para ser um pouco mais rigoroso, fez uma contra proposta tão exigente que quase pareceria que tinha continuado a ganhar o município de Loures. Não foi possível chegar a acordo com eles. A nossa perspetiva foi essa, não deixar ninguém de fora e falar com as outras forças políticas e, certamente, no próximo mandato faremos o mesmo", garantiu.

Bernardino Soares sublinhou que "as realidades são bastante diferentes a nível local" e o facto de ser "frequente haver entendimentos entre os diversos partidos".

"Felizmente, o nosso sistema autárquico obriga a que as forças políticas cheguem a consensos e entendimentos. É muito mais positivo essa necessidade de negociar e refletir as orientações a divisão que os eleitores fizeram nas suas opções do que ter aqueles executivos mono colores em que quem ganha, nem que seja por um voto, passa a ter a maioria absoluta e, a partir daí, não tem de negociar com ninguém, não tem de encontrar consensos", afirmou.

O autarca de Loures apontou até diversos exemplos segundo os quais o PSD local "teve posições frequentes vezes de contestação àquilo que o Governo nacional PSD/CDS ia decidindo".

"Claro que queremos ter o melhor resultado possível. Não é muito frequente neste concelho, haver maiorias absolutas -- só houve duas vezes -, pela geografia eleitoral do município. Apesar de a CDU e o PS serem quem sempre tem disputado a vitória -- e penso que é isso que vai acontecer na próxima eleição -, o PSD tem uma fatia relevante de eleitorado que impede sempre ou quase sempre que exista maioria absoluta", anteviu.

O atual presidente da Câmara de Loures desejou "o melhor resultado possível" para a CDU em 2017 e prometeu que, "se o povo do concelho de Loures" se decidir por dar "essa responsabilidade" [maioria absoluta], o seu futuro executivo também saberá "exercê-la com todo o respeito pelas opiniões dos outros partidos e eleitos".

"O que queremos é continuar a trabalhar", concluiu.

 

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