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PSD dá "apoio total e inequívoco" a nome do PS para o CES
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, anunciou hoje que deu ao seu congénere socialista o "apoio total e inequívoco" da bancada social-democrata ao nome que os socialistas apresentem para presidir ao Conselho Económico e Social (CES).
© Lusa
Política Luís Montenegro
Montenegro remeteu, "por cortesia", para o PS o anúncio do nome em questão, cabendo aos socialistas anunciar se voltam a apresentar Correia de Campos a votos, depois de em julho, ter falhado a eleição, por voto secreto.
"Já falei hoje com o líder parlamentar do PS, que creio está em reunião com o seu grupo parlamentar, e ele apresentará a proposta de candidatura à função de presidente do Conselho Económico e Social e fá-lo-á com o apoio total e inequívoco da bancada parlamentar do PSD, reiterando o compromisso que temos já formalizado com o PS de que esta indicação caberá ao PS, a próxima para a eleição do Provedor de Justiça caberá ao PSD", afirmou Montenegro.
O líder da bancada do PSD falava aos jornalistas após uma reunião do grupo parlamentar social-democrata.
Em julho, apesar de ter sido fechado um acordo entre PSD e PS acerca da eleição para o CES e para a Provedoria de Justiça, entre os 221 deputados que votaram, Correia de Campos obteve apenas 105 votos a favor, registando-se 93 brancos e 23 nulos.
Questionado sobre as garantias que pode dar perante o chumbo anterior, Montenegro respondeu: "O nosso compromisso é muito forte e inequívoco de apoio ao candidato que vai ser apresentado pelo PS. Faremos tudo aquilo que pudermos para garantir que ele tem um resultado que não depende só de nós, depende de todas as bancadas, é um resultado de uma maioria qualificada de dois terços dos deputados presentes".
"Naturalmente, pressupõe o esforço de todos. Nós faremos a nossa parte e não nos interessa andar aqui com acusações relativamente ao processo anterior", acrescentou.
O presidente do grupo parlamentar do PSD começou por expressar "profunda satisfação" pela eleição de António Guterres para secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), que deverá realizar-se hoje.
"Foi uma candidatura que apoiámos desde o início, que foi evoluindo e apresentando-se como uma candidatura verdadeiramente nacional, que nos enche de orgulho", declarou.
O Conselho de Segurança da ONU deverá hoje em Nova Iorque formalizar oficialmente a recomendação do ex-primeiro-ministro português António Guterres para secretário-geral da organização, cabendo em seguida à Assembleia Geral tomar, por maioria simples, a decisão final, o que deverá acontecer nos próximos dias.
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