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Câmara do Funchal assume compromisso de reconstruir casas atingidas

A Câmara do Funchal assumiu hoje o "compromisso político" de reconstruir as casas atingidas pelos incêndios no concelho, tendo decidido criar um gabinete técnico de coordenação da ação, para resolver definitivamente as necessidades de alojamento.

Câmara do Funchal assume compromisso de reconstruir casas atingidas
Notícias ao Minuto

19:04 - 15/08/16 por Lusa

Política Incêndios

"Aquilo que a câmara vai assumir neste momento é o compromisso de reconstruir as casas atingidas pelos incêndios", disse o presidente do município funchalense à agência Lusa.

Paulo Cafôfo adiantou que o executivo camarário esteve hoje reunido e decidiu criar "o gabinete técnico de apoio à reconstrução de habitações no Funchal", apontando que mais de 200 imóveis foram total ou parcialmente danificados pelo fogo que deflagrou na passada segunda-feira, na freguesia de São Roque, e se alastrou a outras localidade do concelho.

O autarca especificou que o compromisso assumido pela autarquia é de atribuir "apoios diretos às famílias" cujas casas foram afetadas.

"Neste momento estamos a estudar o modelo de apoios que iremos implementar", acrescentou o responsável, apontando que vai depender do "estado da habitação e da situação sócio-económica da família atingida".

Um dos aspetos que ficou definido no modelo é que será um "apoio financeiro direto" e não abrange as casas que estejam cobertas por seguros.

A autarquia também vai facultar apoio ao nível da elaboração de projetos de arquitetura ou de especialidades, e facultar materiais de construção, adiantou.

Paulo Cafôfo anunciou que o executivo da Câmara do Funchal também decidiu criar uma bolsa de terrenos, para impedir que sejam construídas em zonas de alto risco, de aluviões ou incêndios.

Esta medida prevê a disponibilização de terrenos "para construção de novas habitações" para os casos de casas que estavam situadas "em zonas de alto risco ou risco elevado".

"Todo o realojamento temporário tem sido feito pelo Governo Regional. O nosso papel, agora, enquanto câmara municipal, é definir soluções definitivas, para as pessoas, o mais rapidamente possível, voltarem a ter um lar", argumentou.

O autarca sublinhou que, para pôr em marcha este plano, o município "necessita de financiamento", declarando: "Contamos, seja com apoio do Governo da República, seja com apoio do Governo Regional".

"O importante é que as pessoas tenham a noção de que este modelo que vamos implementar, e [que] está a nascer agora, é e será absolutamente transparente, respeitando todas as regras de equidade e da contratação pública", disse.

O responsável informou que será o gabinete técnico que vai "coordenar toda a ação, seja na análise de todos os casos, seja nas soluções de financiamento ou dos projetos a executar para a construção das casas".

O autarca salientou que as pessoas afetadas pelos incêndios, que o têm contactado nos últimos dias, lhe transmitem que agora "querem esquecer" o que se passou.

"Elas dizem que já choraram o que tinham a chorar e precisam de forças para reconstruir a sua vida, mas não conseguem fazê-lo sozinhas e só com a casa reconstruída podem voltar à vida normal", apontou, concluindo que agora o Funchal está "numa fase de olhar para a frente", sendo necessário "resolver os problemas, nomeadamente a situação trágica que assolou" o concelho.

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