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Inquérito/Banif: PSD anuncia que vai votar contra relatório final
Em causa, referem os sociais-democratas, estão "omissões e contradições de um conjunto de intervenientes" no processo.
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Política Comissões
O PSD acaba de anunciar o seu voto contra o relatório final da comissão de inquérito ao Banif. Em causa, explicam os sociais-democratas, estão "omissões e contradições de um conjunto de intervenientes" no processo.
O anúncio do voto foi feito pelo deputado coordenador do partido na comissão de inquérito, Carlos Abreu Amorim, que, em conferência de imprensa no parlamento, alegou "leituras políticas que foram muito além daquilo que estava contido no relatório",
O deputado recorda o dia em que o PSD "leu o relatório pela primeira vez", onde julgou que, "com algumas alterações, ainda seria possível conquistar a abstenção do PSD". No entanto, "ficámos [PSD] sem ilusões no dia seguinte quando o relator tentou firmar uma leitura política que foi muito além daquilo que estava contido no relatório".
Carlos Abreu Amorim explica, então, que a partir desse momento, "foi impossível ao PSD desligar o que estava no relatório preliminar daquilo que constava da leitura política feita pelo relator".
O deputado declarou ter apresentado ao relator cinco "pontos dissonantes" em torno do relatório, que abarcam áreas como a notícia da TVI de dezembro de 2015 - que o PSD diz ter tido mais influência que a proposta de relatório atesta - e a atitude do Governo, nomeadamente do ministro das Finanças, em todo o processo: Carlos Abreu Amorim diz que Mário Centeno sonegou informações numa postura de "não colaboração" com os trabalhos.
"Esta comissão parlamentar de inquérito, apesar de tudo o que correu mal, valeu a pena. Mas este relatório não vale a pena", advogou Carlos Abreu Amorim, que disse não ter encontrado no relator "abertura" para incorporar as alterações pretendidas pelo PSD.
O coordenador dos social-democratas traçou ainda várias comparações com a comissão de inquérito ao BES, que "correu bem", numa altura que PSD e CDS-PP detinham maioria parlamentar.
"Essa maioria soube ser maioria. Respeitou os direitos da [então] minoria parlamentar. Não obstou a nenhuma das suas iniciativas. A maioria esteve sempre ao serviço da construção da verdade. Ora, isso não aconteceu agora", defendeu Abreu Amorim.
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