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Venezuela e Banif marcaram debate potestativo na Assembleia da Madeira

O debate potestativo na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) requerido pelo PSD sobre as comunidades madeirenses foi hoje marcado pela situação na República Bolivariana da Venezuela e pela questão dos lesados do Banif.

Venezuela e Banif marcaram debate potestativo na Assembleia da Madeira
Notícias ao Minuto

15:58 - 07/07/16 por Lusa

Política Regiões

Adolfo Brazão, deputado do partido proponente do debate potestativo (de caráter obrigatório), reconheceu que a Venezuela representará a "maior preocupação" para a Madeira devido à crise política e à "falta de medicamentos, carência de bens alimentares, insegurança nas ruas, insegurança da propriedade, insegurança jurídica, incomportável e enorme inflação, açambarcamento de produtos".

O deputado social-democrata também manifestou a preocupação pela situação no Reino Unido onde "a insegurança causada pela vitória do Brexit [decisão em referendo de sair da União Europeia]" trouxe apreensão "aos portugueses e madeirense que lá vivem".

O líder do Grupo Parlamentar do CDS-PP na ALM, Rui Barreto, pediu ao secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, que transmitisse ao presidente do Governo Regional a sugestão de que, no próximo Conselho de Estado, venha a suscitar ao Presidente da República a ideia de que o Estado português se devia oferecer "para mediar o impasse político na Venezuela".

Pediu igualmente que o caso dos lesados do Banif seja debatido no próximo Conselho de Estado porque "é uma obrigação do Estado português para reparar os danos das poupanças de uma vida inteira".

Jaime Leandro, líder do Grupo Parlamentar do PS, questionou também o secretário regional sobre a situação do Banif, tendo considerado que o Governo Regional "não tem feito tudo o que está ao seu alcance para ajudar os lesados".

O seu colega de bancada, Avelino Conceição, lamentou que não haja ligação aérea entre a África do Sul e Lisboa ou Madeira.

O deputado do PTP, José Manuel Coelho, perguntou também sobre as medidas que o Governo Regional tem tomado para a "defesa dos dinheiros dos madeirenses lesados no Banif e no BES" e defendeu que devia usar os dinheiros públicos para apoiar os emigrantes em dificuldades em vez de gastá-lo no futebol, rali e Jornal da Madeira.

Sílvia Vasconcelos, do PCP, questionou se o Conselho de Diáspora Madeirense não deveria ser eleito diretamente pelas comunidades em vez de ser constituído por nomeação do Governo Regional.

O deputado do BE, Roberto Almada, também considerou que a questão dos lesados do Banif "é muito séria e oxalá que possam recuperar as poupanças de uma vida" e questionou se o Governo Regional possui um "plano de contingência" para fazer face a um regresso de madeirenses à sua terra na sequência de uma eventual situação de emergência em algum dos países de acolhimento.

Paulo Alves, do JPP, quis saber quais os apoios que os empresários da diáspora têm para investir na Madeira e questionou se o Governo Regional possui algum "plano de acompanhamento" para a situação no Reino Unido, motivada pelo Brexit.

O deputado independente (ex-PND), Gil Canha, declarou em plenário que o secretário regional, na sua recente viagem à Venezuela, devia ter levado consigo o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, "já que ajudou a vender produtos tóxicos do BES".

Gil Canha lembrou que o Banif "era um banco 'laranja', do regime [numa referência a Alberto João Jardim]", que "roubou em milhares de euros os emigrantes" e manifestou a sua estranheza pelo facto do Ministério Público e a Justiça não terem ainda apurado responsáveis.

O deputado do PSD, Francisco Nunes, contra-argumentou dizendo que o Governo Regional e o PSD "estão e estarão sempre ao lado dos lesados do Banif" e lembrou que "quem provocou a queda do Banif foi o primeiro-ministro António Costa que assinou a resolução" do banco.

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