PS só volta ao Governo com eleições e não quer condicionar Cavaco
O líder parlamentar socialista, Carlos Zorrinho, afirmou esta quinta-feira que o PS não quer condicionar a actuação do Presidente da República, com a apresentação da moção de censura ao Governo, que, sublinhou, “não está à altura das responsabilidades e dos desafios que se colocam ao País”. Zorrinho insistiu também que o PS só voltará ao Governo “depois de ser dada a voz ao povo” e considerou que “há um novo consenso político e social em Portugal” que não passa pelo actual Executivo.
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Política Zorrinho
A moção de censura ao XIX Governo Constitucional chegou hoje ao Parlamento pelas 18h e vai ser discutida e votada na próxima quarta-feira.
Numa conferência de imprensa, no Parlamento, o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, criticou que “o Governo está em absoluto estado de negação e as principais vítimas desta realidade são os portugueses mais pobres e a classe média”.
Por isso, defendeu, “chegou hoje o momento de dizer basta”. “Este Governo não está à altura do momento, das responsabilidades, dos desafios que se colocam ao País, e sentimos que há um novo consenso político e social em Portugal que não passa por este Governo, por esta maioria, nem por este primeiro-ministro”, frisou o responsável socialista.
Carlos Zorrinho argumentou também que “estamos perante um falhanço do Governo” e que o PS usou “um instrumento democrático adequado: a moção de censura” para que possa ser implementada pelo PS uma “outra forma de fazer política”.
Aos jornalistas, o líder parlamentar socialista sublinhou que o partido não pretende condicionar Cavaco Silva. “Não pretendemos condicionar a actuação do senhor Presidente da República, que estará certamente atento aos sinais, políticos e expressos pela vontade dos portugueses”, sublinhou Zorrinho.
O líder parlamentar do PS frisou que o PS só será Governo depois de realizadas eleições. “Voltaremos ao Governo apenas depois de ser dada a voz ao povo. O PS vai, nesta moção, mostrar mais uma vez aquele que é o seu programa alternativo para que, caso haja eleições, os portugueses tenham razões para nos escolher”, indicou.
Zorrinho disse ainda que, com esta moção, o PS quer “mostrar aos portugueses que existe uma alternativa, um caminho diferente”, frisando que o partido está preparado “para assumir em todos os momentos uma outra forma de fazer política”.
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