Declarações sobre medidas adicionais foram "erro de expressão"
A eurodeputada Elisa Ferreira (PS) considerou hoje, em Estrasburgo (França), ter havido um "erro de expressão" nas afirmações da Comissão Europeia sobre a necessidade de implementação de medidas orçamentais adicionais.
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Política Elisa Ferreira
"Foi um erro de expressão, digamos assim", considerou a socialista, acrescentando que a "aceitação de eventuais medidas no futuro é uma prova de confiança do Governo português de que elas não vão ser necessárias".
Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu, em Bruxelas, que "nada" indica que Portugal venha a necessitar de medidas orçamentais adicionais para cumprir as metas, assumindo que o Governo e a Comissão Europeia "divergem" na análise dos riscos associados ao Orçamento do Estado para 2016.
As declarações do chefe do executivo aconteceram depois de o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, ter afirmado que as medidas adicionais que Portugal ficou de preparar são mesmo para ser implementadas.
Pela parte do PSD, o eurodeputado Paulo Rangel notou que o comissário europeu socialista vai de propósito a Portugal para "tornar claro que são precisas mais medidas".
"A Comissão está a ajudar Portugal, ao propor medidas que possam pôr o Orçamento no bom caminho, mas o primeiro-ministro está numa estratégia de negação", afirmou à margem da sessão plenária da assembleia europeia.
Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, recordou que o orçamento não começou a ser executado e que se trata de uma "questão de ameaça" e que "não há qualquer razão para não respeitar aquilo que foi a vontade democrática do povo português".
A eurodeputada notou que o anterior Governo da coligação PSD/CDS-PP não cumpriu as metas e "só trouxe dívida maior".
Nuno Melo, do CDS-PP, comentou que a "Europa que faz contas não acredita em orçamentos de fantasia" e que neste caso não há nenhuma motivação política, porque o senhor Pierre Moscovici é socialista e francês".
"Há medidas adicionais que são necessárias", concluiu.
Pelo PCP, João Ferreira, considerou estarem em causa "operações mediáticas sem qualquer sustentação económica, mas com objetivos políticos e ideológicos" com o objetivo de "fechar qualquer porta, mesmo que seja pequenina para que o país possa inverter políticas que o conduziram ao empobrecimento nestes últimos anos".
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