Maria Luís, a polémica continua. "Pornocracia e vergonha"

Ex-ministra ocupa cargo em empresa de gestão de dívida no Reino Unido.

Maria Luis Albuquerque

© Global Imagens

Goreti Pera
04/03/2016 11:15 ‧ 04/03/2016 por Goreti Pera

Política

Reação

A Esquerda parlamentar não recebeu de bom grado a notícia de que Maria Luís Albuquerque foi contratada para assumir o cargo de diretora não-executiva e chefe de operações no Reino Unido da Arrow Global.

Os deputados dos diversos partidos têm-se, por isso, feito valer do Facebook para manifestar o seu desagrado.

“Isto já é tão explícito e obsceno que já não é plutocracia, é pornocracia”, escreveu Miguel Tiago, do PCP.

Independentemente dos contornos jurídicos formais, este caso trampolim da ex-ministra das Finanças é eticamente insanável, acrescentou Isabel Moreira, do PS.

Também o deputado bloquista José Soeiro reagiu, dizendo ser uma “vergonha completa” a situação em que “uma ex-ministra que é deputada e acumula o cargo com a direção de uma empresa financeira que gere o crédito malparado, nomeadamente do Banif, empresa que diz que vai beneficiar pelo facto de ela ter sido ministra”.

Mais tarde, José Matos Correia viria defender Maria Luís Albuquerque, atirando que a reação do PS a este caso se prendia com pesos na consciência.

Pouco depois, Pedro Filipe Soares anunciava que o Bloco de Esquerda iria apresentar uma iniciativa legislativa para colocar em debate o regime de incompatibilidades e impedimentos de cargos políticos e altos cargos públicos. 

Nessa sequência, o vice-presidente da bancada parlamentar socialista João Galamba mostrou-se aberto a rever a legislação.

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