Candidatos ao Porto unânimes nos problemas (mas divergem na resolução)

Os 11 candidatos à Câmara do Porto foram hoje unânimes na necessidade de criar habitação a preços acessíveis, aumentar o número de polícias nas ruas e promover os transportes públicos, mas divergiram na sua resolução.

Câmara do Porto

© ShutterStock

Lusa
26/06/2025 22:32 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Num debate de mais de duas horas na Alfândega do Porto, os candidatos ao Porto, autarquia liderada pelo independente Rui Moreira, consideraram que é urgente resolver os problemas da habitação, nomeadamente os preços "absolutamente inacessíveis", impulsionar a utilização dos transportes públicos em detrimento do carro e aumentar o número de polícias nas ruas da cidade tendo, a discórdia, surgido nas medidas para os resolver com, cada candidato, a apresentar soluções diferentes.

 

Em matéria de segurança, o atual vice-presidente e candidato do movimento independente "Fazer à Porto", Filipe Araújo, apontou a necessidade de haver mais agentes na rua, quer da Polícia Municipal, quer da PSP, para aumentar a segurança.

Também António Araújo, do movimento "Porto à Porto", defendeu o reforço do policiamento de proximidade nas zonas críticas e o aumento do número de câmaras de videovigilância.

Por seu lado, Manuel Pizarro, do PS, apontou o tráfico de droga como um dos maiores problemas de segurança na cidade cuja resolução passa por mais policiamento e apoio social aos consumidores.

Mais polícias, mais videovigilância e mais iluminação pública são algumas das soluções apontadas por Pedro Duarte, da coligação "O Porto Somos Nós" que junta PSD, IL, CDS-PP, para resolver a insegurança.

Já Aníbal Pinto, da Nova Direita, referiu que o Porto é a terceira cidade de Portugal com mais criminalidade e, mais do que mais efetivos nas ruas, quer a sua gratificação.

Pela CDU, Diana Ferreira, que salientou que o policiamento de proximidade desapareceu, sublinhou que é preciso mais polícias, combater o tráfico de droga e uma intervenção social no consumo.

Na opinião de Nuno Cardoso, pelo movimento "Porto Primeiro", é preciso equiparar a Polícia Municipal à PSP.

Apesar de defender a presença de mais polícias nas ruas, Sérgio Aires, do BE, vincou que o Porto é uma das cidades mais seguras do mundo sendo, por isso, essencial prevenir, mas não alarmar.

Na visão de Vitorino Silva (RIR), a polícia tem de antecipar o crime e, neste momento, não está preparada para isso.

"Não há nada que nos diga que o Porto é uma cidade insegura, o que aumentou foi a violência doméstica e de género", considerou Hélder Sousa, do Livre.

Também Alexandre Guilherme Jorge (Volt) destacou o aumento da violência doméstica, de género e da extrema-direita.

No que diz respeito à habitação, os candidatos concordaram que os preços das habitações estão "absolutamente inacessíveis", sobretudo para os jovens, sendo preciso "agir já".

Mas, para enfrentar o problema, os 11 candidatos apresentaram soluções diferentes desde dar maior atenção ao setor cooperativo, transformar património público e municipal devoluto em habitação, construir e comprar mais, desenvolver projetos de habitação colaborativa, controlar o alojamento local e vender as casas sociais a quem lá vive.

Na mobilidade, os candidatos apontaram a importância de promover o transporte público e resolver os problemas da VCI.

O atual executivo é composto por seis eleitos pelo movimento independente de Rui Moreira, três eleitos pelo PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

As eleições autárquicas deverão ocorrer entre 22 de setembro e 14 de outubro deste ano.

Leia Também: Autárquicas? Datas dividem-se entre 28 de setembro, 5 e 12 de outubro

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