Está de saída “um presidente que durante os últimos anos troçou da política” e prepara-se para chegar ao poder “um candidato gerado pelos canais de televisão” e que dá-se “ao desplante de troçar da democracia”.
É esta a opinião defendida por Manuel Carvalho da Silva na sua crónica deste domingo no Jornal de Notícias. O sindicalista acusa, ainda, o candidato apoiado pelo PSD e CDS de “traiçoeiramente” ter deslegitimado “os seus adversários insinuando que são gastadores em tempo de aperto de cinto para o povo”, enquanto ele “usufruiu, ainda bem pago, de anos e anos de campanha na Comunicação Social”.
“Que presidente pode ser um homem submisso ao poder e às leis dos mercados que sistematicamente convocou a crise como justificação de políticas de empobrecimento, em vez de explicar a crise na sua origem, nos seus impactos e na identificação dos beneficiários”, questiona o também professor, que acusa o antigo comentador da TVI ainda de ser um “exímio distribuidor de abraços”.
Por isto, acusa também Cavaco de ter gerado “medos” mas que Marcelo não será “jamais o impulsionador de esperança”.