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"Para Costa quem deve escolher governo não são os portugueses"

A atual situação política serve de mote para o texto de opinião de Miguel Relvas publicado esta sexta-feira no jornal Público.

"Para Costa quem deve escolher governo não são os portugueses"
Notícias ao Minuto

10:26 - 23/10/15 por Notícias Ao Minuto

Política Miguel Relvas

Miguel Relvas admite que a “atuação” de António Costa o deixa “verdadeiramente surpreendido” e garante sentir uma “profunda consternação ao ver o PS, um dos partidos com maior responsabilidade e peso histórico na consolidação do nosso regime democrático, numa inacreditável tentativa de transformar Portugal num parque de aventuras políticas”.

Para o ex-ministro de Pedro Passos Coelho, o resultado das eleições é consequência de dois fatores.

Primeiro, o facto de António Costa ter “apresentado um programa eleitoral que foi chumbado pelos portugueses e ao que acresce nunca lhes ter colocado a possibilidade de efetuar uma coligação à Esquerda”. Depois, o facto de a “coligação Portugal à Frente ter percebido tarde demais que tinha condições objetivas para vencer as eleições com maioria absoluta”.

Assim, considera que “como resultado da conjugação deste dois factos tivemos uma vitória eleitoral minoritária da Direita e uma derrota eleitoral maioritária da Esquerda”.

Nesta senda, e perante as ações do líder do PS para tentar formar um governo em parceria com o PCP e o Bloco de Esquerda, Miguel Relvas acusa António Costa de estar “obcecado em tomar o poder e ser primeiro-ministro custe o que custar”.

“António Costa considera que quem deve escolher o governo não são os portugueses, mas ele próprio. Põe os interesses de Portugal atrás dos interesses da fação que lidera no PS”, acusa.

Em jeito de conclusão, o social-democrata afirma que “em nome da tomada do poder, o PS está disposto a enterrar o essencial da sua identidade histórica, o Bloco de Esquerda o essencial da sua matriz existencial e o PCP o volume da sua cassete programática”.

“Na verdade, eis que se nos torna clara a Esquerda que temos, oportunista e plástica, que matiza o seu suposto pensamento ideológico de acordo com as necessidades do caminho que julga a levará ao exercício do poder”, remata.

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