PSD-Porto critica "infelizes declarações" de Rui Moreira sobre turismo
A concelhia do PSD do Porto criticou hoje "veementemente" as "infelizes declarações" do presidente da câmara do Porto que terça-feira criticou a estratégia de divulgação da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte (ERTPN).
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Política Concelhia
"Não é com esta postura do Porto que nos identificamos. Não pretendemos ser piores para a nossa querida região do que o centralismo de Lisboa é em relação ao resto do país", destaca o presidente do PSD da cidade do Porto, Miguel Seabra, em comunicado.
Questionada pela Lusa, a Câmara do Porto respondeu que o "PSD Porto não tem qualquer razão, tendo em conta que assistiu, através dos seus vereadores, à discussão no âmbito da reunião pública de Câmara, onde até defendeu que deveria ser o Porto a liderar a ERTPN (entidade com competências na promoção interna), isso sim, uma atitude portocêntrica".
Em causa estão as declarações de Rui Moreira que autarca criticou a Turismo Porto e Norte por uma estratégia de divulgação que passa por transmitir uma imagem "do Portugal bucólico, do galo de Barcelos e dos chouriços" com a qual "o Porto não se revê".
"Não queremos vender o Porto como o galo de Barcelos. A Entidade não reconhece ao Porto capacidade de ser âncora de uma região", esclareceu o autarca que admitiu pedir à Entidade Regional para cessar o uso do nome da cidade por discordar da promoção feita por aquela instituição.
Hoje, o presidente da concelhia do Porto PSD vem em comunicado "repudiar veementemente as infelizes declarações do presidente da câmara municipal Rui Moreira, designadamente em relação à afirmação de que 'não queremos vender o Porto como a cidade do fumeiro e do galo de Barcelos'".
Miguel Seabra defende que o Porto deve ser "uma das capitais de um Norte unido, em torno dos seus valores, da sua cultura milenar e da reconhecida afabilidade e cumplicidade cultural das suas gentes".
"Acreditamos e defendemos acerrimamente a divulgação e promoção turística conjunta com os nossos municípios irmãos do Norte, e até da Galiza, aproveitando as características especiais e únicas do nosso povo, da nossa região, do Douro à Galiza, de Trás os Montes ao Minho", acrescenta.
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