Jerónimo de Sousa, que esteve em Braga para o primeiro Ato Público da candidatura da CDU à Assembleia da República, no qual foi apresentada a cabeça de lista pelo distrito, a já deputada naquele órgão Carla Cruz, atribuiu ao PS, CDS e PSD "responsabilidades comuns" na continuação de políticas que "arrastaram" o país para o "declínio".
Segundo o secretário-geral comunista, o PS "dizendo-se de esquerda" quer aplicar politicas de direita e "fazer passar" um programa de continuidade e não uma alternativa enquanto a coligação de direita que sustenta do Governo quer "transformar desavergonhadamente" 4 anos de politicas "trágicas" em "sucessos e conquistas" afirmando que os "anos negros" estão a acabar.
"Agora que se está a aproximar o dia da decisão dos portugueses aí os temos [PS, CDS, e PSD] a tentar disfarçar as suas comuns responsabilidades mas particularmente a escamotear os seus reais propósitos e projetos para o futuro", afirmou Jerónimo de Sousa.
Para o líder comunista, "todos estão em grandes operações de dissimulação política, visando iludir novamente os portugueses".
Quanto ao PS, Jerónimo de Sousa acusa o partido liderado por António Costa de, "num esforço gigantesco colocar, com a mudança de líder, o contador das suas responsabilidades e conivências a zero e a fazer passar um programa de continuidade como se fosse de alternativa".
Por isso, aos socialistas, o líder comunista deixou um conselho em tom de aviso: "A contradição que o PS tem que resolver é abdicar ou continuar a política de direita e por isso não calaremos a nossa crítica", disse.
Ao PSD e CDS-PP, Jerónimo de Sousa acusou de quererem "iludir o seu profundo compromisso com as políticas de exploração e empobrecimento" e "tentar transformar desavergonhadamente quatro anos trágicos do seu governo de coligação em anos de sucessos e conquistas".
Jerónimo de Sousa apontou assim como "grande desafio" que o país enfrenta nas eleições legislativas a escolha entre dois caminhos: "Insistir no velho e ruinoso trajeto da política de direita percorrido pelos governos do PS, PSD, e CDS-PP que conduziram o país à crise" ou "abrir passagem para um caminho novo, com uma política patriótica e de esquerda", enumerou.
O comunista acusou ainda aqueles partidos de terem "responsabilidades comuns numa política que tem sido uma tragédia" e que tentam "passar de uns para os outros".
"Responsabilidades comuns na definição, aceitação e execução do programa de terrorismo social, degradação económica e alienação do património nacional consubstanciado no pacto de agressão que, em conjunto, os três partidos assinaram com a 'troika' estrangeira", exemplificou.
Para Jerónimo de Sousa a única "força" que constitui uma verdadeira mudança é a CDU pelo que apelou "à luta" e pediu confiança.
"Confiança nesta força, que pelas suas propostas e projetos, pela prova da sua ação e coerência politica no passado, jamais trairá a confiança dos que, vítimas da política de direita, aspiram a uma real mudança na vida nacional", referiu.