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"Sampaio da Nóvoa já teria demitido o Governo"

O homem que era para ter sido o comandante operacional do 25 de Abril está agora envolvido numa nova batalha: a candidatura a Belém de Sampaio da Nóvoa.

"Sampaio da Nóvoa já teria demitido o Governo"
Notícias ao Minuto

10:40 - 24/04/15 por Notícias Ao Minuto

Política Vasco Lourenço

O capitão de Abril era para ser o comandante operacional da Revolução mas foi mandado para Ponta Delgada, à espera de receber e prender Marcello Caetano, que estava em fuga. Tal não aconteceu e quem o substituiu nas operações foi Otelo Saraiva de Carvalho.

Em entrevista ao i, Vasco Lourenço comenta que não ter estado em Lisboa no 25 de Abril de 1974 “é talvez o maior desgosto” que tem na vida”.

Agora trava uma nova batalha. Foi o primeiro a anunciar publicamente o seu apoio à candidatura presidencial de Sampaio da Nóvoa. Acredita que Nóvoa “pode inspirar novas alianças, fora do ‘centrão’” e que se chegar a Presidente da República, como espera, poderá “contribuir para que se acabe com aquilo que tem sido o pantanal em que nós estamos submersos há bastante tempo”.

Está convicto de que o candidato vai ser “apoiado pelo PS”. Porque o Partido Socialista “tem de ser capaz e ter a coragem, a força e a lucidez para perceber que tem de ser diferente daquilo que tem sido até agora, ou já ninguém acredita nele!”. Para Vasco Lourenço, “não é com propostas de intenções que eles vão convencer o eleitorado a dar-lhes novamente confiança”.

“Eles só funcionam em circuito fechado!”, faz notar o capitão de Abril quando se refere ao PS. E por isso, crê que o PS deve apoiar para a Presidência da República “um candidato que não saia da tribo deles”. Apesar de desde sempre ser simpatizante do Partido Socialista, o coronel acha que António Costa “defraudou as espectativas”. “O único candidato que tem condições para vencer é Sampaio da Nóvoa”, defende.

Quanto à pouca experiência política que muito apontam quando se referem a Sampaio da Nóvoa, Vasco Lourenço, acha que o facto de não ter um passado político-partidário é “uma das grandes virtudes que ele apresenta”, por não ter um “comprometimento político”. Por outro lado também dizem que é um “ilustre desconhecido” e que “ninguém sabe o que ele pensa”, o coronel diz: “Dêem-lhe tempo que ele vai dizer o que pensa!”

Acusa Cavaco Silva de ter sido “uma lástima” enquanto Presidente, por ter sido Presidente de uma fação em vez de Presidente de todos os portugueses.

E remata: “Portugal precisa de um Presidente que fosse capaz de demitir um governo que não cumprisse as promessas”, acreditando que “perante situações como a que estamos a viver Nóvoa já teria demitido o Governo e já teria provocado eleições”.

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