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"Costa tem sido moderado e prudente, até em excesso"

Quando fazem 100 dias desde a chegada à liderança do PS por António Costa, Álvaro Beleza, um dos homens que apoiou Seguro, dá a sua opinião sobre a experiência do autarca à frente do partido.

"Costa tem sido moderado e prudente, até em excesso"
Notícias ao Minuto

15:20 - 27/02/15 por Notícias Ao Minuto

Política Álvaro Beleza

Álvaro Beleza foi um dos rostos mais vincados na defesa de António José Seguro. Numa altura em que passam 100 dias sobre a chegada de António Costa à liderança do PS, o socialista, em entrevista ao Observador, dá o seu ponto de vista relativamente a este período.

Para Beleza, finda a disputa que se fechou com as eleições primárias, o PS serenou, mas diz que, de certa forma, teme que António Costa esteja a ser mais cauteloso do que devia, pelo que defende uma postura mais ativa e mais ousada. a

“Eu acho que Costa tem sido moderado, cauteloso e prudente, porventura às vezes até em excesso. Eu acho é que alguns próximos ou da direção do partido embarcaram em algum excesso, alguma euforia grega que não é o PS. Por outro lado, penso que houve algum receio de abrir o partido e há que enfrentar o velho aparelho do partido que não o quer abrir”, referiu Beleza.

Apoiante convicto de José Seguro, o ex-dirigente refere que Costa tem feito bem em acolher como suas algumas propostas que transitaram da antiga direção. Considerou Beleza que não se deve nem “fazer tábua rasa de tudo o que se fez no passado”, mas também é preciso que o PS não volte a “cometer os mesmos erros que fez no passado”, numa clara alusão à liderança por parte de José Sócrates.

Contudo, entende o ex-dirigente segurista que para que o PS consiga assegurar uma maioria absoluta nas próximas eleições legislativas será necessário que António Costa, que considerada Beleza trouxe ao PS “um estilo diferente”, deve manter uma postura “responsável, moderada e não vender ilusões”.

Porém, e ainda que considere que o PS tem de regressar ao poder, Álvaro Beleza entende que o PS deve rejeitar por completo a ideia de um possível regresso do Bloco Central, ou seja, uma aliança com os partidos de direita, nomeadamente com o PSD.

“Acho que é preciso ser claro numa questão: não ao bloco central. (…) Para se ter maioria absoluta é preciso merecê-la. Para merecer, para os portugueses terem confiança em nós, têm de ver que somos competentes, rigorosos, verdadeiros sinceros. Somos aquilo que somos, não andamos aqui com floreados, temos de falar claro. E ter posições claras sobre os assuntos. Esta é uma delas”, sintetiza.

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