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"Oito meses é uma eternidade. O timing da coligação é acessório"

Na primeira entrevista desde que se demitiu de ministro da Administração Interna, Miguel Macedo falou esta quinta-feira à TVI, no programa ?Política Mesmo?.

"Oito meses é uma eternidade. O timing da coligação é acessório"
Notícias ao Minuto

22:50 - 19/02/15 por Notícias Ao Minuto

Política Miguel Macedo

Miguel Macedo, antigo ministro da Administração Interna, que se demitiu no seguimento de detenções de responsáveis nomeados por si, no caso dos vistos gold, voltou esta quinta-feira ao espaço público, numa entrevista na TVI.

Sobre a sua saída do ministro hoje tutelado por Anabela Rodrigues, Macedo esclareceu que foi “apanhado de surpresa” pelo caso dos vistos gold e que abandonou o cargo, pondo “estados de alma de parte”, “a pensar no Governo, no primeiro-ministro, a pensar em mim e na democracia”. O ex-governante deu ainda a entender que a sua demissão foi exclusivamente da sua responsabilidade.

Noutro ponto, falando sobre a coligação, apesar de considerar que “oito meses é uma eternidade” - o tempo que falta para as legislativas -, dizendo mesmo que o timing do anúncio da coligação é “acessório”, o ex-governante afirmou esperar que PSD e CDS consigam encontrar uma base de consenso para reeditar o acordo eleitoral.

“Não me vou pronunciar sobre a questão do timing. É uma questão importante, mas acessória. O que mais releva nesta questão é saber se deve ou não deve haver coligação. Eu espero que os dois partidos encontrem as forças, circunstância e vontade de concretizarem essa coligação para as próximas eleições”, explicou Miguel Macedo.

Esgrimindo argumentos para que este facto se verifique, o antigo ministro de Passos Coelho considerou que “é preciso que, com toda a responsabilidade, as forças políticas se apresentem com uma visão de compromisso em relação às condições de governabilidade do país”, mas mais do que isso, disse considerar “que a coligação é condição para a vitória nas eleições legislativas”.

Por fim, falando sobre o resultado do ajustamento português, Macedo frisou que tendemos a olhar para o passado mais próximo e esquecer o que nos levou à situação que vivemos, mas garantiu que o Governo cumpriu acima das expetativas, desmentindo que o Executivo tenha ido para além da troika.

“Olhamos sempre para o passado mais próximo e não para as causas e razões que nos levaram à situação que tivemos durante quase toda a legislatura. Num programa que foi imposto, de enorme exigência, disse várias vezes que este era o caminho das pedras, mas que o tínhamos de fazer. Fizemo-lo bem e acima das expetativas. (…) Há um ano atrás muito poucos acreditavam que terminávamos o programa da forma como terminámos”, referiu.

“Os custos estavam previstos no memorando que foi assinado. O Governo não foi além da troika. (…) Podemos falar, por exemplo, do aumento do salário mínimo nacional, que teve, posso dizer, a oposição violenta da troika”, concluiu.

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