"Portugueses não podem contar com novo velho PS"
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais criticou hoje "as escolhas do novo velho PS" quanto à posição dos socialistas na redução do IRC, considerando que "os portugueses sabem que não podem contar com o PS" no futuro.
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Política Paulo Núncio
"O novo velho PS fez as suas escolhas e os portugueses sabem que a partir de hoje não podem contar com o PS no futuro", afirmou o secretário de Estado, durante a discussão do Orçamento de Estado para 2015 (OE2015).
"Em vez da previsibilidade, o novo velho PS escolheu a instabilidade. Em vez do sentido de responsabilidade, o novo velho PS escolheu a demagogia populista. Em vez do sentido de responsabilidade, o novo velho PS escolheu o radicalismo de esquerda próximo do PCP e do Bloco de Esquerda", disse Paulo Núncio.
O governante respondia a críticas do deputado do PS Eduardo Cabrita, que acusou o Governo de permitir um "bónus fiscal de 247 milhões de euros às grandes empresas", ao mesmo tempo que "os portugueses vão continuar a pagar um IRS que aumentou 45% desde 2013".
A reforma do IRC tem motivado várias críticas e acusações entre o Governo e o PS, depois de os socialistas terem proposto que a taxa nominal do imposto não descesse dos 23% para os 21% no próximo ano, posição que o Executivo vê como um recuo no acordo firmado com o PS no ano passado.
"Mais importante que a violação do acordo é o que esta violação do PS significa na nova postura do PS", afirmou Paulo Núncio.
Também o deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira apontou o dedo ao PS por ter violado esse acordo "porque -- quiçá -- o mesmo foi celebrado pelo anterior secretário-geral do PS", António José Seguro, considerando que o PS "está preocupado apenas com as próximas eleições".
A proposta de alteração do OE2015 apresentada pelo PS para a eliminação do artigo que previa a diminuição da taxa nominal do IRC voltou hoje a ser rejeitada pela maioria PSD/CDS-PP, contando com os votos favoráveis do PS, PCP e BE, depois de ter voltado a plenário para votação.
Esta proposta já tinha sido rejeitada na segunda-feira, na votação do OE2015 e das respetivas propostas de alteração que decorreu na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
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