"Este é um tempo de união, de apoio, é um tempo de solidariedade", sustentou o ex-líder do PSD e candidato a Belém, apesar de admitir que as pessoas possam ter "dúvidas, perplexidades e até muitas indignações" perante aquilo que classificou de "verdadeiro inferno".
Para Marques Mendes, este é um tempo de "união, porque a missão de um líder é unir e não dividir", mas também de "apoio aos bombeiros, à proteção civil, aos autarcas, às populações flageladas pelos incêndios e de solidariedade com as vítimas enlutadas".
"Mas atenção: Tudo na vida e tudo em democracia tem um tempo. E este não é ainda o tempo de fazer um balanço, uma avaliação, ou fazer críticas, por mais legítimas e pertinentes que elas sejam", considerou, em plena discordância com Gouveia e Melo, que também numa publicação nas redes sociais rejeitou o argumento de que falar de incêndios "é aproveitamento político" ou que "só depois do combate é que se pode discutir" o problema, chegando mesmo a acusar os responsáveis políticos de estarem num bolha de cinismo perante o "terror".
Marques Mendes vai também ao encontro das declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, na Festa do Pontal, no Algarve, de que este é o "momento de vencer a guerra" aos incêndios e só depois fazer uma reflexão e um balanço.
No texto que acompanha a publicação, Marques Mendes manifesta a sua solidariedade às populações afetadas.
"O meu reconhecimento aos inexcedíveis bombeiros portugueses. O País tem de estar unido neste combate", conclui o ex-líder social-democrata, que foi o primeiro a anunciar a candidatura a Presidente da República.
Leia Também: Gouveia e Melo critica Montenegro: "Bolha de cinismo perante sofrimento"