Marques Mendes diz que reforma da Justiça é "cada vez mais necessária"

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou hoje que a Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, é "a prova provada" de que a reforma da Justiça é "uma prioridade" e "cada vez mais necessária e urgente".

Luís Marques Mendes

© Getty Images

Lusa
01/07/2025 18:50 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Luís Marques Mendes

Instado pela agência Lusa, na Guarda, a comentar o facto de Sócrates ter colocado o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, o candidato presidencial disse tratar-se de "mais uma manobra das muitas que o ex-primeiro-ministro tem utilizado para tentar evitar o julgamento e tentar que o processo acabe na secretaria". "Acho que os portugueses já perceberam isso", sustentou.

 

Marques Mendes esteve, na Guarda, em ações de pré-campanha, tendo visitado as valências do Centro de Formação, Assistência e Desenvolvimento (CFAD), da Fundação Frei Pedro, e participado nas comemorações do 12.º aniversário da 'Cápsula do Tempo 2050', do Clube Escape Livre.

Para o candidato, o caso José Sócrates é "a prova provada, para aqueles que ainda possam ter alguma dúvida, de que a reforma da Justiça é uma prioridade".

"E eu, enquanto Presidente da República, colocarei esta prioridade na agenda pública, política e mediática", assegurou.

"É por estas e por outras razões que acho que é cada vez mais necessária e urgente uma reforma da Justiça. E será uma das minhas causas enquanto Presidente da República, o que obriga a fazer pontes entre quem está no Governo e partidos da oposição", acrescentou.

Marques Mendes adiantou que uma reforma da justiça tem "muito a ver com tudo isto que está a acontecer neste caso".

"Precisamos de uma justiça mais rápida, uma justiça tardia não é uma verdadeira justiça", constatou, sugerindo mais duas medidas para essa reforma.

A primeira é acabar com os megaprocessos. "Não podemos continuar com megaprocessos judiciais, como é este o caso. Levam uma eternidade a resolver, este ainda nem sequer a julgamento e isso tem que mudar", afirmou.

Luís Marques Mendes também considera que é preciso dar aos juízes "mais poderes" para poderem "acabar com as manobras que sejam manifestamente dilatórias, ou seja, manobras jurídicas que se vê claramente que são apenas para atrasar o processo".

O antigo primeiro-ministro José Sócrates considerou hoje que um "lapso de escrita" que em 2024 reavivou o processo Operação Marquês, que "estava morto", foi a "gota de água" que levou à apresentação de uma queixa contra o Estado português.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresentou, esta terça-feira, em Bruxelas, uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) contra o Estado português na Operação Marquês.

O arguido justificou que um "lapso de escrita", que, em 2024, reavivou o processo, que "estava morto", foi a "gota de água" que levou à apresentação de uma queixa contra o Estado português.

Na sua opinião, é "uma artimanha que serviu apenas para manipular os prazos de prescrição e querer levar" o processo a julgamento: "O lapso de escrita é apenas isso", declarou.

Leia Também: Operação Marquês? Ventura ameaça retirar Portugal da Convenção Europeia

 

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas