Comparando com as diferenças entre estes três partidos nas legislativas de há um ano, verifica-se que a AD mais do multiplica por dez a vantagem face aos socialistas, que tinha sido de apenas 54.441 votos, naquela que tinha sido a margem mais curta de uma vitória em democracia.
Já em relação ao Chega, a vantagem passa de 697.203 em 2024 para 569.934, "encolhendo" 127.269 votos.
Já a diferença entre PS - que se manteve segundo em número de votos -- para o Chega diminui de mais de 640 mil votos em 2024 para apenas 3.992 nas legislativas de 18 de maio.
De acordo com o mapa oficial hoje publicado em Diário da República, em relação às legislativas de há um ano, votaram menos 156.983 eleitores inscritos.
O partido liderado por André Ventura foi o que mais subiu em termos absolutos, com mais 268.733 votos do que em 2024. Pelo contrário, o PS foi o que mais perdeu, com menos 369.897 votos, segundo os resultados oficiais.
A AD,(coligação PSD/CDS-PP no Continente e Madeira e que inclui o PPM nos Açores) que venceu as eleições, foi o segundo a ter o maior crescimento: 141.544 votos.
Ao nível de ganhos, o Livre (L) recolheu mais 52.416 votos, a Iniciativa Liberal (IL) teve mais 19.097 votos, e o Juntos pelo Povo (JPP), que conseguiu eleger um deputado, teve mais 1.745 votos.
Ao nível das quedas, e depois do PS, seguem-se o Bloco de Esquerda (BE), com menos 156.506 votos, o PAN perdeu 39.195 votos e a CDU teve menos 21.865 votos.
Com o apuramento dos círculos da emigração (Europa e Fora da Europa), a AD venceu as eleições legislativas de 18 de maio, com 91 deputados (89 do PSD e 2 do CDS-PP), o Chega alcança 60 deputados e o PS elege 58.
A Iniciativa Liberal mantém-se a quarta força política, com mais um deputado (nove) do que em 2024, e o quinto lugar é do Livre, que passou de quatro a seis eleitos.
A CDU perdeu um eleito e ficou com três parlamentares, enquanto o BE está reduzido a uma representante, tal como o PAN que manteve uma deputada.
Na XVII legislatura, a Assembleia da República passará a ter dez forças políticas representadas, em vez de nove, com a entrada do JPP. Terá, contudo, menos grupos parlamentares, sete (contra oito na anterior), já que JPP, PAN e BE serão representados por deputados únicos.
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