Tavares diz que abertura do PS para dialogar deveria ter vindo mais cedo

O porta-voz do Livre considerou hoje que a abertura do líder do PS para um diálogo após as eleições de 18 de maio deveria ter "vindo mais cedo", mas considerou que é bem-vinda para mobilizar os eleitores e combater o "canibalismo" da direita.

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© Luis Boza/NurPhoto via Getty Images

Lusa
07/05/2025 12:25 ‧ ontem por Lusa

Política

Tavares

 "Teria sido importante que essa mensagem de clareza [de Pedro Nuno Santos] já tivesse chegado antes, mas ainda bem que ela vai chegando. A isto chama-se parlamentarismo e o parlamentarismo funciona procurando maioria no parlamento", afirmou Rui Tavares no final de uma visita à Unidade Local de Saúde de Vila Nova de Gaia/Espinho.

 

O dirigente do Livre referiu que, se ela tivesse vindo mais cedo, permitiria mobilizar as pessoas de uma outra forma para a campanha para as eleições de 18 de maios.

"Mas, evidentemente, que há algo de bom nesta mudança de discurso, nesta correção de rumo porque as pessoas percebem que, votando no Livre, estão a votar por uma alternativa de Governo, um deputado do Livre corresponde a uma mudança do Governo e quem quiser deixar de ter Luís Montenegro como primeiro-ministro pode votar à vontade no Livre porque significa que temos essa alternativa de governação", frisou.

E insistiu: "Desse ponto isto, é bom porque afasta o dito fantasma do voto do útil".

Rui Tavares falava a propósito do líder do PS ter assegurado, na terça-feira à noite, que depois das legislativas irá encontrar uma "solução de estabilidade política em Portugal" em diálogo com os grupos parlamentares saídos das eleições, recordando a sua experiência no tempo da `geringonça´.

Para o porta-voz do Livre, importante não é quem fica em primeiro lugar, mas quem dá condições de governabilidade e a direita não dá essas condições, alegando que "a prova está feita".

"A direita não tem dado estabilidade, a direita não se entende, ela canibaliza", reforçou, acrescentando que o país está a ir a eleições passado cerca de um ano por "culpa precisamente da direita".

"Foi Luís Montenegro que deitou abaixo o seu próprio Governo, foi André Ventura que deitou abaixo o Governo de Montenegro", reforçou.

Sem baixar a toada das críticas à direita, Rui Tavares sublinhou que tendo em conta essa "canibalização da direita", a esquerda deve responder com clareza e mostrar às pessoas que há uma compatibilização de programas na defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no investimento na educação e habitação ou no reconhecimento da independência da Palestina.

Em sua opinião, estes são os elementos centrais que podem ser mobilizadores do eleitorado e, depois, clarificadores de uma conformação à esquerda.

Em caso de uma solução governativa à esquerda, Rui Tavares apontou a necessidade de haver um acordo escrito que, depois, possa ser escrutinado e fiscalizado.

"O Livre é muito claro nisso, negociações como se faz por todo lado na Europa, como vimos fazer agora ainda na Alemanha", exemplificou.

E, além do acordo, Rui Tavares voltou a mostrar-se disponível para assumir responsabilidades executivas o que significaria passar para um outro patamar de resposta para o país.

"Para nós, aceitarmos responsabilidades executivas, é mostrar que nós sentíamos confortáveis com o programa de governo a implementar e, portanto, estaríamos a responder por ele nas funções de primeira linha", concluiu.

Leia Também: "Extrema-direita está a fazer Portugal falhar em algo que sempre acertou"

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