"Que ninguém disperse o voto. Está ao nosso alcance derrotarmos a AD, mas para nós derrotarmos a AD, temos de ter todos a consciência de que em vários sítios eleitorais do país há votos que não podem ser perdidos", afirmou o líder do PS, que fez um comício ao final da tarde em Évora, a uma curta distância de uma iniciativa de campanha similar da AD, com a presença do primeiro-ministro, Luis Montenegro.
Pedro Nuno Santos alertou que "há votos que não podem ser dispersos". "E um desses distritos é Évora. Para nós derrotarmos a AD, nós precisamos de concentrar os votos no PS para ganharmos as eleições no dia 18 de maio", advertiu.
Nas últimas legislativas, o PS elegeu um deputado no distrito de Évora, a AD também um e o Chega conquistou o terceiro mandato atribuído ao círculo eleitoral alentejano.
Durante o seu discurso na cidade alentejana, Pedro Nuno Santos acusou ainda o Governo de "falhar na saúde".
"Luís Montenegro deixa-nos o caos e a instabilidade no setor da saúde. Já vamos no terceiro diretor-executivo da SNS, no terceiro presidente do INEM. São mais de 16 administrações hospitalares que ou se demitiram ou foram demitidas", afirmou o líder socialista.
Pedro Nuno Santos apontou ainda às listas de espera nas consultas e nas cirurgias que "estão a aumentar" e referiu que o "número de utentes sem médico de família é neste momento 50 mil", valor superior ao de há um ano.
"O Governo falhou desde logo na área em que não podia falhar, falhou na saúde", sublinhou.
Mas falhou também, acrescentou, na habitação e na economia.
"A economia é a base. É a base para nós conseguirmos uma sociedade com mais segurança e oportunidades, porque no final do dia o que nós queremos garantir é segurança aos portugueses, segurança nas ruas também, segurança física, obviamente", afirmou.
E continuou: - "A segurança é para nós muito mais do que a segurança física, a segurança nas nossas vidas, a segurança no emprego, a segurança na reforma depois de uma vida de trabalho, a segurança quando estamos doentes, a segurança de termos o direito a uma casa".
Essa segurança é, para Pedro Nuno Santos, um dos "grandes valores e um dos nossos grandes objetivos" do PS.
"É por isso que quando nós apresentamos o nosso programa, nós apresentamos medidas que visam garantir essa segurança. para todos e não apenas para alguns. Quando nós fundamos este partido há 52 anos, Mário Soares e todos os seus fundadores, foi para garantir um partido que governava para todos, nunca para uma minoria, nunca para uma elite, nunca para alguns, para todos", realçou ainda.
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